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[FIC] A Maldição da Inocência

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Mensagem por Convidado Qua Ago 28, 2013 11:41 am

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Prólogo


Sentia o calor dos raios de sol que se precipitava por minha janela e banhavam meu corpo naquele momento, não tão quente, mas forte o suficiente para que eu levantasse a cabeça e visse o rosto adormecido e calmo de Demetri repousado na cadeira ao meu lado, seus sonhos pareciam ser tão alheios para mim, sua face estava relaxada o que me fez suspirar de não parecer tão assustador como na noite passava, sinto-me ruborizar ao lembrar do modo que seus labios envolviam a pele de meu pescoço, eram toques gentis, mas que despertavam até os mais sombrios desejos, como se cada parte de mim clamasse por ele, não precisava de mais para saber que meu ser pertencia ele. 
- Não achei que acordaria tão cedo - Sua voz me tira dos meus pensamentos e o fito com seus traços ainda relaxados, ele se inclina a ponto de poder colocar seus labios em meus cabelos e suspira, deixo que um suspiro saia de meu peito tambem e dou-lhe um sorriso.
- Bom dia Demetri - Digo num sopro enquanto trago o lençol para mim novamente, ele se levanta e fita a janela do quarto que dava vista para a rua pouco movimentada a essa hora, arriscávamos demais, o que tinhamos um pelo outro era perigoso, mas não podia evitar aquele sentimento que ambos sentiam, até por que não conseguia ficar longe dele, seus demônios se mantinham afastados com minha presença, apesar de sermos diferentes, ele era o lobo e eu o cordeiro, desejo de ambos podiam corromper, mas ele estava disposto a se arriscar,Quem ama arrisca, mesmo que dentro de si habite um demônio, Lembro-me das varias vezes que ele disse essa frase, ele tinha razão, eu corria riscos, mas correria ainda mais se me afastasse dele.
- A manhã está calma hoje - Observa ele ainda com os olhos concentrado do outro lado, ele não sorria, apenas o canto de sua boca levantou um pouco e eu sorri sentindo frio, o aquecedor estava quebrado e o sol ainda não era suficiente, então ele se volta a mim me puxando para seu colo enquanto esfrega meus braços para me aquecer, seu cheiro me invadi trazendo as lembranças da noite passada, o quanto o prazer ele me dava a cada caricia, não tinha como não lembrar, eram mais vividas do que eu imaginada - Está melhor?
- Sim, Obrigada.
Enquanto volto meus olhos para os seus ele levanta lentamente meu queixo pousando beijos por ele e depois em meus labios, da forma mais terna possivel, acariciando minha mandibula para que eu der entrada a ele, quando aos poucos cedi, sua lingua procura a minha e deixa um pequeno gemido escapar por eles, a chama estava começando a ser acendida e os dois sabiam, seria dificil parar e eu não tinha forças para o impedir.

Elenco


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Ainda teram mais ao longo da historia*


Última edição por Demitria Tolomei em Seg Set 02, 2013 6:07 pm, editado 2 vez(es)

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[FIC] A Maldição da Inocência Empty Re: [FIC] A Maldição da Inocência

Mensagem por Convidado Qua Ago 28, 2013 7:17 pm

Gosto do titulo e do assunto que o mesmo debate, eu estou a espera da decorrência da história... é bem interessante eu adoro o jeito que tu escreves... (:

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[FIC] A Maldição da Inocência Empty Re: [FIC] A Maldição da Inocência

Mensagem por Convidado Qua Ago 28, 2013 7:29 pm

adorei o prólogo, vc escreve bem gemea, quero continuação.

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[FIC] A Maldição da Inocência Empty Re: [FIC] A Maldição da Inocência

Mensagem por Convidado Qui Ago 29, 2013 9:26 pm

Capitulo Um


A noite estava tranquila, era uma noite fria de inverno, meu pequeno apartamento não era lá tão quente por conta do aquecedor esta quebrado a varios dias, mas estava fazendo de tudo para me manter aquecida, quando por fim o meu celular na mesinha de cabeceira começa a tocar, era madrugada, fiquei a me perguntar quem seria enquanto estreito um pouco meus olhos para ver que horas eram, 3:46
- Alô? - pergunto com minha voz rouca ainda, havia silêncio do outro lado como resposta e depois um longo suspiro, olho para o visor do celular para ver quem estava ligando e respiro fundo.
- Jules, Ah... Me desculpa - A voz trêmula de Lucian o denunciava naquele momento, ouvir suas desculpas era quase como um condenado pedindo desculpas a sua vitima ja morta no chão por ter cometido aquele crime, eu não estava nenhum pouco certa de perdoa-lo, tudo já havia passado dos limites, ainda mais depois do que fez e presenciei.
Limpo minha garganta.
- Acabou - profiro por fim depois de um longo silêncio e desligo o celular  o colocando na minha gaveta, as imagens ainda eram vividas em minha mente, eu o odiava, por tudo que me fez, mas era quase que impossível, apenas estava chateada talvez, pois nunca consegui conhecer realmente o ódio.

-----~------~------

Meus olhos denunciavam que eu tinha passado uma noite em claro, era o ultimo ano no colégio e queria que diferente dos outros eu o terminasse tranquilamente, a partir de agora me dedicando apenas nos estudos.
O corredor estava um pouco vazio, vários alunos se reencontravam depois das férias eufóricos por encontrar de novo seus amigos, panejarem festa, mas eu estava mais na minha, eu nunca fui boa em fazer amigos, as únicas pessoas que tive mais contato no ano passado foram Kayla, uma garota na qual dividi algumas aulas, mas de longe a podia chamar de amiga, nada intimo como uma pessoa que podia dividir meus segredos e desabafar, e Lucian, o cara com quem namorei que agora queria manter uma distancia grande, se fosse possivel não o vê-lo nunca mais, mas parecia ser impossivel isso.  
- Julie, posso falar com você? - ele para em minha frente enquanto brigo com meu escaninho para que ele abra, mas era em vão, parecia estar emperrado quando ele dá um soco e ele se abre facilmente e fita meus olhos, parecia ter passado a noite em claro tambem e fico a me perguntar se estava fazendo tanto esforço para conseguir mesmo se desculpar ou para me ter como queria...
- Eu não tenho mais nada pra falar com você, achei que devia ter deixado isso bem claro ontem - Profiro voltando minha atenção para as coisas que eu colocava no escaninho quando ele me faz voltar a fita-lo impedindo que eu termine o que estava fazendo - Me deixa em paz.
- Jules, me desculpa, eu sei que agi como um idiota, mas eu te amo, eu quero mudar por você.
- Isso é seu script que diz para todas as vadias que passam por sua vida? Tenho uma noticia pra você Lucian, eu não sou uma delas, estou muito longe de ser um brinquedinho seu, acabou - Digo por fim fazendo força para a porta do escaninho abrir novamente e jogar o resto das coisas o fechando logo em seguida vendo seu rosto serio - Se não quer que eu faça uma queixa por perseguição é melhor ficar longe de mim de agora em diante, eu não tenho medo de você - Me afasto sem olhar pra trás, eu sentia uma raiva constante percorre minhas veias, mas respiro fundo e sigo para a sala.
Não havia muitos alunos na classe, mas o professor ja estava lá e me sento em uma mesa quase a frente sem nem prestar atenção em quem estava sentado ao meu lado, eu queria poder sair dali e colocar meus fones de ouvido e tentar esquecer o mundo.
- Bom dia - Uma voz grave masculina me tira de meus pensamentos, por um minuto até agradeço pela distração, mas dou de ombros sem responder, pegando meu caderno e rabiscando um tipo de desenho qualquer, algumas frases, nada de muito importante para ser exata.
Quando não respondi sinto meu caderno ser puxado de mim enquanto tento protestar pelo gesto de mal educação do cara - Ei, isso é falta de educação sabia? - finalmente o fito quando dois olhos verdes me fuzilaram, seus cabelos negros, traços serios e barba por fazer, ele volta sua atenção ao meu caderno batendo impacientemente a caneta nele.
- Você fala!? - Diz num tom de ironia enquanto começa a fazer algo na folha, coloco os cabelos para o lado para disfarçar a ruborização que invadiu meu rosto tentando prestar atenção no que o professor falava que parecia ser grego pra mim, trigonometria.
Ele devolve o caderno pra mim e fito o que tinha feito com os olhos intrigados, eram frases em outro idioma, eu não sabia qual e um simbolo parecido com tatuagens tribais, por um segundo sinto seus olhos se voltarem pra mim, mas não retribuo.


Abyssus abyssum invocat*

- Perdoe-me, sou Demetri - Parecia ter se aproximado um pouco de meu ouvido, pois senti seu halito quente penetrar em meu cabelo com um lindo sotaque que também não reconhecia, quem era ele? Fiquei intrigada enquanto pegava minhas coisas e saia da classe aturdida.


*:


Última edição por Demitria Tolomei em Dom Set 01, 2013 4:17 pm, editado 4 vez(es)

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[FIC] A Maldição da Inocência Empty Re: [FIC] A Maldição da Inocência

Mensagem por Convidado Qui Ago 29, 2013 10:07 pm

Você escreve tão bem, tipo ui... awesome!!
Além que a historia vai além do esperado, parabéns aguardo mais...

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[FIC] A Maldição da Inocência Empty Re: [FIC] A Maldição da Inocência

Mensagem por Convidado Sáb Ago 31, 2013 11:50 pm

Estava certa quando disse que o teu estilo de escrever essa fic, me surpreenderia.. Eu tenho um apreço por histórias neste gênero. Continue! Estou amando acompanhar.

p.s:

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[FIC] A Maldição da Inocência Empty Re: [FIC] A Maldição da Inocência

Mensagem por Convidado Dom Set 01, 2013 4:13 pm

Capitulo Dois

Demetri

Glory fitava o espaço pouco iluminado daquela sala e já sabia o que se passava em seus pensamentos, ela estava preocupada, enrolando uma mecha de seu cabelo com um dos dedos, espero que seus olhos encontrem os meus, eles estão num azul profundo, talvez conseguisse ver minha alma naquele momento.

- É perigoso Demetri, não pode ficar assim tão perto - ela advertiu, desde que chegamos naquela pequena cidade ela estava de olho em mim, em cada ação, naquele momento ela falava da Julie - Não o assusta a visão da Télis?

Claro que sim, aquele filme passa diversas vezes na minha mente quase todos os dias, mas eu não consigo me manter afastado - retruquei, eu era um inconsequente, a visão era dolorosa que me tirava o ar dos pulmões apenas de pensar na tal, eu ainda procurava outra saída, mas para Glory a saída era unica, não me aproximar, como imãs nos eramos, os oposto sempre se atraiam.

Você não me entendi, sabe o que pode acontecer, você morre, sem contar que sera muito pior que isso, ela é a Sactus escolhida,  o circulo ja esta agindo, muito mais rápido do que eu pensava - dessa vez ela faz um leve gesto diante de minha teimosia e se levanta andando um pouco para fitar as chamas da lareira que crepitavam enquanto desvio minha atenção para algo que me distraísse dos pensamentos obscuro que viriam aos poucos naquela noite.

Tem alguma ideia de quem seja o centrado? - minha voz um pouco rouca quebra o silêncio, mas ela não me encara, apenas coloca o dedo indicador no queixo enquanto cruza um dos braços abaixo do busto.

Não, a muito tempo não me deparo com um objetivo tão misterioso do circulo como esse, acha que tem a ver com a Sactus?

Limpei minha garganta enquanto fitava a chamas pensando no objetivo do circulo, as visões de Télis, tudo estava nebuloso, os olhos de Julie faziam jus a confusão, uma humana tão determinada e sensível ao mesmo tempo, a escolhida, talvez algo estivesse começando a se encaixar.

- A Laurence esta por perto, posso senti-la.

Maldita Succubus - retruquei fechando os punhos.

Só a uma coisa na qual não entendo - a expressão de Glory passou de pensativa para preocupada, tensa. - Ela está envolvida com o circulo.

Deixo que meus olhos busquem pelos dela em sinal de explicação, Laurence era como o oposto dos membros do circulo, reverso, deixando tudo isso complicado, se ela estava envolvida mesmo com eles, algo não muito bom estava preste a acontecer, era difícil algo abalar a Glory, costumava dizer que seu pilar era resistente, mas agora parecia ter abalado um pouco e vou até ela procurando sua mão enquanto tiro uma mecha de seu rosto e coloco atras de sua orelha.

Eu também não entendo, mas você acha...

O apocalipse esta a se revelar aos poucos - Disse ela por fim baixando a cabeça enquanto sentia a pulsação quase frenética em suas têmporas.



-----~------~------

Julie

Semanas antes ...


O frio tomava conta de meu corpo, tentava puxar o lençol o máximo que podia para me cobrir, mas ele era fino demais, puxo meus cabelos para trás enquanto estou meia trémula, minha cabeça ainda dava pequenos rodopios por causa da bebida, então sinto o calor do corpo que estava ao meu lado me abraçar e sua respiração calma chega aos meus ouvidos.

Frio? - pergunta Lucian com a voz rouca, dou um pequeno sorriso e me envolvo a ele enquanto ele afunda seu nariz em minha nuca pelos cabelos e sinto um arrepio, quase que cócegas, como ele podia ser tão sedutor?

Não muito, estou melhor agora - digo por fim enquanto acaricio os pelos de seu braço, nunca tínhamos tido um momento assim, ele estava deitado comigo de conchinha e era uma coisa que tinha muita intimidade para um casal de pouco tempo de namoro, mas Lucian sempre me provou ser bom e compreender, talvez por isso estava a ceder aos poucos.

Que bom - ele deixa um sorriso maroto surgir de seus labios, ele se apoia com um dos punhos cerrados na cabeça e me fita nos olhos, seus olhos pareciam mais quentes e escuros deixando assim que eu baixe os olhos quando ele se inclinou levemente para tomar meus labios aos seus e o sentir me puxar pela cintura, seu beijo era terno como os outros que costumava me dar, quando retribui relaxando deixando que sua lingua fosse de encontro a minha ele desliza uma de suas mãos por minha perna a puxando na altura de seu quadril colando mais seu corpo ao meu e suspiro por entre seus labios com a excitação de seus músculos quentes sobre suas roupas, sua mão desliza por baixo do tecido surrado de meu pijama um pouco abaixo de meus seios e recuo levemente.

O que foi? - Seus olhos variavam de decepção para excitação enquanto mordia seus labios devagar.

Não é a hora Lucian, não me sinto pronta - respondi por fim me sentando colocando meus cabelos para trás.

Por que? Somos namorados Julie, nos gostamos, que mal a nisso? - ele me fitava serio, ele podia ter razão, eu gostava mesmo dele, mas eu não me sentia pronta para dar esse salto em nosso relacionamento, ainda era cedo, eu era um pouco das antigas também.

Eu sei, mas será melhor quando eu estiver realmente pronta, por favor entenda. - Dizia, eu sabia que hora ou outra isso iria acontecer, mas não achei que fosse tão cedo e ali naquele momento já que tudo estava a ocorrer tão bem.

Claro - Ele da um leve sorriso e se inclina para beijar o alto de minha cabeça - vou beber um pouco de água, volto logo.

Ele sai pela porta deixando-a entreaberta enquanto me junto a meus pensamentos novamente, eu gostava do Lucian, mas ainda estava em cima do muro entre se entregar ou não, cada garota tinha uma forma diferente de pensar sobre sua primeira, eu ainda pensava muito, eu adoraria que fosse ele, mas não me sentia preparada para aquele momento acontecer agora, só esperava que ele compreendesse.

Alguns minutos se passam quando escuto a campainha no andar de baixo quebrar um pouco o silêncio e a porta se abrir, silêncio novamente, podia ser o Paul, amigo de Lucian, mas quando tento chegar mais perto da porta escuto uma voz feminina e de inicio sinto um pouco de ciumes, quem seria? uma das namoradas de Paul? Não me surpreenderia já que tem tantos casos por ai, é bonito também, mas logo um silêncio toma conta do recinto de novo e desço disfarçando um pouco do sono para ver quem era quando me deparo com uma bela moça morena, traços bem sensuais e labios fartos, era linda, uma das mãos de Lucian agarravam seus cabelos enquanto ela o fitava mordendo os labios, suas roupas coladas davam-lhe um ar ainda mais sexy, perfeita.

Senti sua falta Lucian - Ela disse aproximando-se  de sua face, a cor vermelha transbordava pecado, vejo atentamente quando Lucian retribuí seu gesto, muito intimo para serem apenas amigos. - Achei que tinha sumido.

Você sempre me acha por mais que me esconda, já estou acostumado com isso - Ele provoca trazendo ela para mais perto e a beijando da mesma forma intensa que comigo, deixo que minha boca se abra um pouco e levo uma de minha mãos a ele, aonde estava, sem conseguir me mexer ou pensar no que estava fazendo ali parada sem conseguir me mexer.

Os carinhos se intensificavam ainda mais quando não consigo mais ficar observando de raiva saiu cambaleando enquanto limpo minha garganta abrindo a geladeira observando Lucian dar um pulo e seu corpo ficar tenso e a tal garota me fitar enquanto limpa os labios com a ponta dos dedos.

Agora se explica o fogo - Ela falou indiferente me fitando, seus olhos debochavam de mim e tudo que queria ela mostra-la quem era sem graça, mas não fim, não me rebaixaria a tanto, muito menos por Lucian que agora estava a conhecer verdadeiramente. - Seu novo brinquedo?

Julie, vamos conversa - Ele falou um pouco nervoso mais não o ouvi andando com ainda mais pressa dessa vez pra fora da casa enquanto ligava meu New Beetle estacionado a frente da casa, a rua estava vazia, era madrugada e meus olhos estavam marejados, mas evitei deixar a impressão de que estava a me destruir por dentro.

Julie - Ele tentou vir atras de mim, mas a morena o puxou pelo braço o impedindo de sair, então ele me fita tentar abrir a porta do carro e xingar quando algumas tentativas foram em vão.

Por que se importa? - Ela falou alto demais quando abri a porta do carro e entrei batendo-a com força, eu nunca sentia tanta raiva, fazia tempo que não sentia esse tipo de coisa e pode-se dizer que aquela foi a primeira decepção que tive.

Quando finalmente abaixo um dos vidros, Lucian me alcança e coloca o braço pela janela para que eu o fite - Julie, desça do carro, precisamos conversar.

Vai se ferrar - digo enquanto acelero o carro sumindo pela rua escura de encontro a qualquer outro lugar, qualquer um melhor que aquele mundo se fosse possível.



Última edição por Demitria Tolomei em Dom Set 01, 2013 4:27 pm, editado 3 vez(es)

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[FIC] A Maldição da Inocência Empty Re: [FIC] A Maldição da Inocência

Mensagem por Convidado Dom Set 01, 2013 4:20 pm

CARAMBA!!! certas vezes tenho medo do Demitri, outras... outras vezes sinto-me seduzida por ele. HAHAHAHHA ... E TIPO A LAUREEN TA ENVOLVIDA NO CIRCULO?
O.O oh my GOSH WTF??

BRINCANDO? AI MEU DEUS.... ELA O PEGOU BEIJANDO... LOGO AGORA QUE TUDO TAVA INDO TÃO CERTINHO...

TSC.... ELA FOI-SE... que lerdinho.. e.e

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[FIC] A Maldição da Inocência Empty Re: [FIC] A Maldição da Inocência

Mensagem por Convidado Seg Set 02, 2013 6:32 pm

Capitulo Três


Meu apartamento parecia estar ficando menor a cada dia que passava, a primeira semana de aula passou voando, Lucian ainda tentava entrar em contato comigo, mas acabei por quebrar meu celular com raiva e comprei outro não dando o numero novo para ninguem, muito menos para Kayla, conversávamos  por Imail e eram apenas assuntos relacionados ao colégio, eu as vezes bloqueava qualquer tipo de relação de amizade que ela queria ter e me sentia mal depois, eu não podia viver assim trancada dentro de mim, talvez por isso era tão difícil.
Abro meu Imail constando que haviam varias mensagens de Lucian e as deletei sem ao menos abrir alguma e mando uma mensagem para a Kayla.

Oi Kayla
Queria saber se estava livre a noite, podíamos dar um passeio,
as noites de sábado em casa são entediantes, aposto que as suas também são.
Esperarei sua resposta.
- Julie


Miniminizo a pagina e procuro alguma coisa para me distrair, verifico álbuns de artistas no qual gosto e acabo por me prender na historia de Dante e Beatrice, a divina comédia, mas logo a fecho, romances eram coisas na qual manteria distancia por um tempo quando um novo Imail chega e o abro feliz por ser da Kayla.

Oi Julie
Eu adoraria, abriu um parque de diversões essa semana na cidade, se você gostar
poderíamos ou para outro lugar, só dizer.
- Kayla.


Não demoro muito para respondê-la, eu gostava de parques de diversões, eram meus favoritos, gostava dos mais radicais possíveis  que fazia a adrenalina atingir o auge dentro de mim, combinei que esperaria ela as 19 na entrada do Parque, não ficava muito longe então não precisaria ir de carro, faria uma caminhada para esfriar um pouco minha cabeça diante de todas as situações, procuraria ter amigos, minha vida solitária já estava a se tornar entediada.

--------~---------~---------  

Dei uma boa observada no meu guarda roupa tentando achar uma roupa mais "amigável" para vestir, ultimamente ele se resumia apenas em roupas escuras, havia me acostumado ao luto depois do acidente de meus pais na qual não me lembro muito bem, como se parte dessa minha vida estivesse sido apagada de minha mente, eu não entendia o por que, mas acho que era bem melhor assim, acho que pouparia mais a dor se eu lembrasse daquela cena lamentável.
Por fim coloco meus Jeans detonados e uma das poucas camisetas cinzas que tinha e pego minha jaqueta, meus cabelos soltos para o lado deixa que meu rosto se torne um pouco mais alegre que de costume, quando fecho a porta e dou uma olhada na rua, ela estava deserta, apesar de ser cedo o movimento era pouco o que me fez ter um pouco de medo, mas segui adiante em direção ao centro.
Era a distancia de apenas poucas quadras, a uma distancia razoável do local já se ouvia os gritos de algumas pessoas em alguns brinquedos, principalmente na montanha russa, era assustadora e com muitas curvas, algumas davam uma ligeira impressão que despencaria o trilho o que me fez ter um leve arrepio na espinha.
- Nossa, você é bem pontual - observa Kayla enquanto da um sorriso, ela estava simples como eu, mas com um look mais nerd, mas ela ainda continuava como uma boneca, ela era miúda  um pouco mais baixa que eu, mas não se notava muita diferença.
Dou de ombros enquanto visto a jaqueta dando um sorriso amigável pra ela, havia muitas pessoas e algumas conheci do colégio, a maioria eram estudantes da Venon School, havia frequentado aulas com a maioria deles, mas que não tive muito contato infelizmente.
- Você veio aqui depois que foi inaugurado? - perguntei com uma tentativa de puxar assunto com ela, seus cabelos voavam sobre sua face o que a deixava a vezes irritada pois impedia sua visão e eu dava uma risada em resposta aquela cena.
- Não, é a primeira vez, achei que viria com seu namorado - Diz calma, mas balanço a cabeça tentando corrigir seu erro.
- Na verdade terminamos - murmurei mordendo o lábio inferior.
- Oh, sinto muito - Foi apenas o que disse, talvez outra pessoa perguntaria o motivo, mas não eramos intimas o suficiente para lhe dizer um pouco de minha vida, ela tinha razão em ter ficado em silêncio, eu fui burra de a ter afastado por tanto tempo, com certeza ela é uma boa amiga.
- Tudo bem, logo tudo voltará ao normal - sorri - e você? Não tem namorado?
- Nunca tive um, garotos não se interessam por moças tímidas e nerd's - ela ri da sua observação quando noto suas covinhas na sua face, Kayla era uma garota bonita, apesar de ser tímida  gostava de sua vida, parecia ser como eu simples, mas notava-se que tinha uma família  enquanto eu não, aprendi a viver sozinha desde os 17 anos, minha tia Nina tentou por varias vezes me arrastar para morar com ela, mas foi em vão, eu preferia morar onde estava com o dinheiro que meus pais deixarem em bancos e algumas coisas nossas, estava levando minha vida o melhor possível  queria aprender a viver sozinha, ter responsabilidades, meus pais gostariam de ver sua filha crescer independente.
- Alguns, por mais que eu veja todos os dias como os caras são de verdade, aprendi que nem todos eles são iguais, talvez ainda haja esperança nesse mundo - Ri
- Deus te ouça - ela riu junto a mim.

Kayla parou para comprar um algodão doce e a espero de frente a montanha russa que tinha reparado na entrada, seu nome fazia jus a ela, "garganta do diabo" tinha varias figuras sombrias dos lados, que faziam sobras pavorosas e as luzes vermelhas davam um aspecto ainda mais infernal, o arrepio voltou a percorrer minha espinha logo que vejo ela voltar e seus olhos se encontram as da montanha russa.
- Vai? - pergunta ela com os olhos em chamas, pelo jeito não era apenas eu que gostava de coisas assim, talvez seria divertido - Se for, é melhor irmos logo, olha o tamanho da fila?
Observei a fila de pessoas de frente a entrada, tinha muitas, quase o dobro de pessoas de outras filas, então essa era a deixa para que fossemos logo antes que o parque fechasse e não conseguíssemos entrar mais.
- Você não esta com nenhum pouco de medo? - perguntei a ela enquanto fitava os gritos das pessoas e as curvas bruscas que ele dava, mas era bem seguro e não dava muito medo.
- Nenhum - Ela diz quando o trem entra finalmente no que se diz a "garganta do diabo" e some, eu tentava imaginar o que tinha ali dentro, ou se era apenas um túnel - E você?
- Só um frio na espinha, nada de mais.

Quando finalmente chega nossa vez Kayla balanças os braços como se estivesse se aquecendo e me puxa para uma das primeiras cadeiras da frente, a segunda para ser exata e forço um sorriso de empolgação, mas não me deixaria intimidar.
- Bem, preparada? - pergunta ela enquanto um cara da segurança prende nossos cintos e os verifica se estão bem fechados e dou um sorriso nervoso.
- Acho que sim - respondo quando o trem começa a se mover lentamente.
De inicio era bem lento, havia apenas algumas curvas o que me tranquilizou um pouco enquanto respirava por minha boca, estava nervosa, ainda mais pelas figuras sombrias que apareciam entre o brinquedo, como se estivéssemos em um dos jogos de Silent Hill, ouvia alguns sussurros atras de mim quando vem a primeira curva e me empurra pro lado, Kayla da uma risada em reação e logo vem a segunda curva nos jogando pro lado oposto, meu estômago começava a dar alguns pulos assim como meu coração que batia desfreadamente, eu não sabia ao certo se estava nervosa ou era apenas a adrenalina, mas me sinto gritar pedindo mais junto aos gritos de outras pessoas quando chegamos na primeira descia, ela era uma das menores, mas ainda sim era bastante inclina.
- Pronta? - pergunta Kayla enquanto fechava os olhos já prevendo a descida que o trem estava a dar, havia muitos gritos, mas algo ali estava estranha, eu ouvi outro grito familiar ecoar em meus ouvidos e logo como um flash uma cena, familiar, mas que desconhecida até aquele momento.

A chuva chicoteava nos vidros do carro enquanto mamãe falava sobre um filme que tinha visto a um tempo atras e meu pai cantava desafinadamente uma canção de The Police, reviro meus olhos em relação a barulho e coloco a revista que estava a ler em minha cabeça implorando que parassem com tanto barulho sorrindo, mas era em vão, eles apenas continuavam, só que agora mamãe seguia o papai em um coro totalmente ruim.
- Você devia montar um dupla, cantam divinamente bem - debochei enquanto meu pai se virava para me fitar.
- Claro, fui expulso do The Police quando estavam no auge, ainda me pergunto o por que, canto melhor que o novo vocalista. - retrucou ele.

- Julie? - A voz de Kayla afasta aquelas visões que vieram de repente e tento sorrir quando outra curva nos atingi, as imagens pareciam mais vivas como um filme antigo, totalmente sem sentido, seria a lembrança que achava ter se apagado? - Medo?
- Não, outra por favor - digo num tom de animação levantando um dos braços quando chegamos na decida principal, a garganta, as sombras aumentavam de intensidade deixando a decida cada vez mais assustadora como que num golpe outras imagens me atingem.

- Cuidado Jared, a pista esta molhada - adverti minha mãe abaixando um pouco o radio e meu pai faz uma careta como protesto, a chuva aumentava cada vez mais e senti o carro vacilar um pouco e sinto um pouco de medo, me agarro ao cinto de segurança.
- Helena, deixe de ser medrosa, é só a chuva - retruca ele aumentando novamente o volume do radio e ri da situação.
Mas aos poucos meu sorriso se desmanchou em outra expressão ao ver meu pai tentar desviar um carro que vinha em nossa direção e o carro tombar para o lado capotando a primeira vez e sendo parado por uma arvore na segunda capotagem, estava tudo escuro, os vidros estilhaçados cortavam minha pele e eu não conseguia me mexer.
- M-mamãe? - tentei falar, mas saiu fraco demais, ambos não se mexiam e não podia sentir nenhuma reação vinda deles, eu sentia medo, pedia ajuda, socorro, tentava gritar, mas nada.
Meu peito parecia querer explodir, minha visão estava turva e ardia por conta a chuva que ainda era forte, nenhum sinal de carro, a pista estava deserta e eu me tremia cada vez mais, frio, eu iria morrer, não queria, queria meus pais de volta, queria acordar desse pesadelo, por favor.
Fecho meus olhos com força como quem faz uma prece quando escuto um balançar perto de mim, mãos firmes e quentes ao tentar me mover, eu não conseguia ver seu rosto bem, mas era uma sinulheta masculina, seus cabelos estavam molhados e seus olhos eram de um verde incrível  tive a impressão de tê-lo visto antes, mas nada me vinha a cabeça, apenas dor, muita dor, protestei com a dor que fez por conta do puxão no meu braço cortado pelos fragmentos de vidro. - Aghh
- Desculpa - proferiu a pessoa num tom calmo, minha vista ainda embaçada conseguia ver algo se forma atras dele, era quente e... chamas, fogo... eu queria sair dali, eu não queria morrer, não podia.
- Salve meus pais - sussurro sem formas, se eram mesmo alguém que precisava sair com vida era meus pais, não me importa de morrer, mas queria eles vivos, eu gemia de dor cada vez mais, minha cabeça latejava e podia sentir a pulsação acelerada em minhas têmporas, a tal homem respirou fundo e se afastou, fecho meus olhos, minha respiração estava cada vez mais fraca.
- Dictum et factum* - ouvi ao longe essa frase ser murmurada e não sabia ao certo o que significava, mas eu não estava mais no carro, estava a uma distância razoável dele enquanto sentia levemente ser tocada na testa e abro meus olhos, o verde dos olhos do misteriosos homem me fitam ainda tocando meu rosto, lagrimas percorriam por meu rosto, meu corpo doía - Está segura agora.
Foi a ultima coisa que ouvi antes do carro explodir.


- Ai meu deus! - gritava Kayla me fazendo voltar a segunda realidade, meus olhos estavam úmidos e não sabia o que tinha sido aquilo, mas era muito real para ser apenas uma lembrança, os olhos ainda continuavam em minha mente, familiares, eu tive a impressão de ter os visto, ainda podia sentir o cheiro de sua pele... - Julie!? - Agora ela estava a puxar meu braço, me sacudindo, eu como reflexo me afastei tentando me livrar dos cintos e descendo de encontro a um lugar vazio e vários olhares me seguiram quando me curvei, meu estômago quase vazio tentava repelir algo pra fora, minha visão dava algumas voltas.
- Ah Julie, por que não me avisou que tinha medo de altura, eu não teria ido - Ela falou um pouco triste afagando minhas costas enquanto eu tentava livrar meus cabelo do liquido.
Limpo minha boca e me encosto em uma grade quando ela me puxa para sentar em um banco a poucos metros dali, limpo minha boca quando abaixo a cabeça para tentar aliviar a tontura, Kayla segura uma de mais mãos - Vou te levar pro Hospital.
- Não precisa - retruquei de imediato, eu odiava hospitais, acho que eu sabia o por que, desde o acidente de meus pais passei quase 1 ano a curar-me do trauma, o médico me disse que sofreria alguns problemas futuramente, mas nada que não fosse fácil de controlar.
- Você não está bem... - Ela disse me olhando cada vez mais preocupada, sentia minhas mãos soarem e estava preste a desabar, me sentia fraca e minha visão a estar turva. - Julie!? - sua voz agora estava distante, mas ainda podia sentir ela tentando me segurar e pedindo ajuda quando outros braços me seguram, o cheiro que vinha da outra pessoa era similar ao que senti pouco tempo depois, o que me deixou ainda mais apavora.
- Está segura agora - Foi a ultima coisa que ouvi antes de cair na inconsciência.


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