Como é ter uma vida sem quem você realmente ama? saber que aquela pessoa esteve por tanto tempo em seus braços e você foi burro suficiente pra enxergar, cego, com todas as coisas que estava lhe acontecendo, um simples amigo, melhor amigo, cometemos sempre um grande erro em nossas vidas com as pessoas que amamos, traímos as vezes nós mesmo, o que sentimos e quando realmente vamos nos importar e tentar recuperar, pode ser tarde demais pra isso, a dor, esta que estou sentindo nesse momento.
- Dan, se descobrisse que tinha pouco tempo de vida, o que faria? - Pergunto embalada em seu abraço enquanto mexo no botão de sua camisa como um gatinho brincando com um novelo de lã, não tinha brilho nos meus olhos e eu apenas perguntava a ele o que ele faria, na verdade sua resposta seria como um conselho pra mim, ninguem nunca sabia, a vida era como uma linha fina capaz de se romper a qualquer momento.
- Por quê esta perguntando isso? - Sua voz soava de certo modo curiosa, me perguntava o que se passava por sua cabeça naquele momento, na minha passava apenas milhares de coisas, muitas coisas, eu precisava dele, se eu teria como recuperá-lo ou não, minha mente parecia formar um nó junto com o que ja existia em minha garganta, em toda minha vida nunca me senti parecer precisar estar perto de alguem assim, eu me sentia completamente sozinha mesmo com milhares de pessoas ao meu redor, senti falt do sorriso que tinha, sentia falta do seu amor que perder, o quanto me sentia amda estando em seus braços.
- Por curiosidade apenas - Suspiro enquanto continuo como estava esperando sua resposta.
- Eu faria tudo que eu quisesse.
- E se algo que você quisesse fosse impossivel?
- Eu daria um jeito - Ele sorri de canto, bela resposta, mas naquele momento eu não sabia o que fazer, minha mente estava conturbada com tudo e apenas continuei com a massagem na qual ele pediu como prémio, haviamos combinado depois da guerra de neve que ambos tinham ganhado, cada um pediria o que quisesse, foi o que ele pediu - uma massagem durante uma semana - eu havia dito que iria pensar no meu prémio, se pudesse pediria apenas uma oportunidade de tentar reconquista-lo e desisti, por quê não me sentia no direito de pedir, aquilo, apenas continuaria tentando, mesmo sem esperanças.
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O sentia distante a cada dia que passava, por varias vezes fitava e manipulava com os dedos a lámina que usava pra e cortar, muitos ja me perguntaram por que a razão de me cortar, torturar a mim mesma, dor cura dor, por mais que aquilo me machucasse ainda mais diminuia um pouco a dor que sentia até eu finalmente conseguir apagr por conta do sangue, aquilo era perigoso, ja ouvi fazer que se auto multilar era como um tipo de droga, você começava devagar e aos poucos pequenos cortes não te satisfariam e começaria a se tornar ainda mais pesado, desde cortes mais fundos á pancadas e queimaduras, eu nunca havia passado apenas dos cortes, mas estava os tornando mais profundos conforme me cortava com mais frequência, sei que havia prometido nunca mais me cortar, era inevitável isso, a dor continuav e tomava conta de todo meu peito, eu sentia sua falta, muita, sentia falta de todos nossos momentos que agora não passavam de lembranças dentro de mim.
Eu fitava minha imagem no espelho nesse momento, o formato meio oval de meu rosto, os lábios pouco cheios, mas bonitos, a curva dos olhos e a forma como se apertava em uma linha quase reta quando eu sorria, porem eu não sorria, me perguntava onde estava aquele sorriso e a forma com que queria viver, eu estava prestes a cair novamente em depressão e sabia disso, era como um buraco sem fim no qual você caia, caia...não tinha fim algum, você se sentia sufocada e ficava se perguntando o que ainda fazia ali naquele lugar, parada, meu nariz começava a sanguar novamente e apenas fitei a gota rubra descer atravessando minha boca em um curto caminho até meu queixo, eu sentia meus olhos úmidos mais uma vez e meu rosto não era mas o mesmo, me sentia como se tudo estivesse acabando e estava, o que ainda estou fazendo aqui?
Eu estou seguindo em frenteNa verdade não foram essas palavras que me disse exatamente, mas era como soava dentro de mim, ele estav seguindo e por mais que eu passasse que tinha toda aquela vida pela frente, que tinha pessoas que me amavam, eu não conseguia ter forças pra seguir em frente, o mundo estava me derrubando cada vez mais e não tinha solução alguma, a chava rodada na fechadura seria o suficiente, passando a mãos por meus cabelos eu sentia varios fios vindo junto a eles e eu apenas queria que pudesse ler minha mente por um instante, Dan, eu te amo, sei que não é a mesma coisa pra você e eu não pareço ser a mesma na qual se apaixonou, juro que tentei por tempos, por que aquela garota era feliz, aquela garota era cheia de esperanças ao seu lado, aquela e essa garota sempre sera sua, mesmo eu não estando mais aqui.
"Dan de neve" - me escutava falar ainda em meio aquela brincadeira nossa na neve como se fosse naquele instante, sentia a forma como me fez estremecer esfregando de leve a neve em meu pescoço, ele falava que precisava de muita neve para cobrir ele, ver seu sorriso ja valia a tentativa, mas agora nada daquilo parecia existir, acabou.
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