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Mensagem por Convidado Qua maio 07, 2014 10:57 pm

Mais uma historia de amor

Para meus pais que me ensinaram e me mostraram o que realmente é amar, para Deus que me deu o dom de mostrar e sentir.
Para Thayane, Pri Rayalla, Maria por acreditarem e estarem me dando forças nessa batalha e me mostrando que vai ficar tudo bem, pra o Diego e Rych por aguentar essa chorona -.- rsrs e pra alguem que ainda é importante pra mim mesmo estando distante.
Dedico a vocês minha melhor historia, espero que gostem Smile

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Mensagem por Convidado Qua maio 07, 2014 11:30 pm

Prólogo

Como poderia dizer minha avó ainda eu podia a sentir por perto, mesmo não tendo crescido ao seu lado, era cativante a forma de mulher que minha mãe foi como minha avó descrevia, seu intimo parecia tão intenso, ela havia lutado até onde se permitiu e sua vida foi incrivel, por um momento me perguntava se em algo parecia com ela, de certa forma me achava muito sensivel comparada a ela e o que mais me prendia era o amor que ela sentiu, o curto amor dela com meu pai, ambos tinham partido.

Mas dentro de mim continuavam vivos, não preciso muito falar deles, quando olho as fotos de quando namoravam, minha avó mencionava que o amor deles deu um pouco de trabalho, eu ria sempre, mas no final ela sempre dizia que um amor assim valia sempre a pena, mesmo que o mundo hoje em dia tenha engolido essa magia, eu ainda acreditava que existia.

Acreditava no amor, pois nasci de um verdadeiro que durou até o fim, mas durou para ser eternizado.

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Mensagem por Convidado Qui maio 08, 2014 10:54 pm

Capitulo Um
Sara


Podia sentir o sol penetrar pela janela esquentando minhas bochechas, o cheiro de madeira molhada invadia meu quarto anunciando que a chuva visitou aquela pequena fazendo que meu pai herdou de meu avô que faleceu a pouco tempo, ele não era o unico irmão, mas Serafine e John meus tios faziam de tudo para se manter o mais distante possivel, nunca entendi o por quê e meu pai nunca mencionou com ninguem, então não o pressionamos.
- Sara? - Me cubro novamente fingindo que estava dormindo, aquela voz infantil podia despertar alegria em qualquer pessoa, até parecia um dom - Eu sei que está acordada.
- Na verdade ainda estou dormindo, ainda ouço o rouxinol - Digo cobrindo meu rosto com os olhos fechados e sinto ele pular na cama se sentando em minhas costas. - O que queres soldado?
- Não se finja, sabe que dia é hoje não é? - Ele começa a puxar meu lençol e tentava lutar contra ele, Efraim era um garoto teimoso, eu sabia muito bem do que se tratava, mas não se conformaria até me tirar da cama.
- Ainda não é dia, é noite.
- Sara, não me faça ter que fazer tudo sozinho.
- Está bem, pode me deixar levantar? - Pergunto com um leve bocejo esperando ele sair de minhas costas e procuro meus chinelos com os pé com certa dificuldade.
- Eu ajudo - Sinto seus dedos deslizarem por meus pés até finalmente os calçar e me levanto com as mãos um pouco pro lado, apesar de estar acostumada a meu quarto muitas vezes ainda tropeçava.
Eu tinha um tumor maligno que foi descoberto tarde demais, eu tinha 4 anos quando comecei a perder minha visão, meus pais não tinham muitos recursos e os hospitais na qual tinhamos acesso nunca descobriram ao certo o que tinha, desesperados, meus pais pediram ajuda a meu avô que me levou a um médico que conhecia, mas um pouco caro, depois de exames o diagnóstico foi encontrado, Retinoblastoma, um tumor maligno que por está avançado demais não haveria mais cura, eu ja havia visto muitas pessoas que tinham tudo e ainda não estavam conformadas, eu queria apenas voltar a ver novamente.
- Ai -Gemi baixo quando bati o joelho na mesinha que por muito pouco não deixo cair o porta retrato preferido da mamãe.
- Se machucou? - Sinto seus dedos entrelaçarem nos meus com um tom preocupado, o que mais machucava era não saber realmente como era os rostos das pessoas que amava.
- Estou bem soldado - Digo enquanto ele me guia até o banheiro.

O sol não estava tão quente no vilarejo de San Camillo, sentia a brisa e as pessos passarem por mim, não sabiam se olhavam de forma diferente pra mim, as vezes sentia seus olhos tão frios que chegava a ter calafrios, desde os 5 havia perdid completamente a visão e ter algo tirado assim de você de repente, principalmente o que te fazia ver o mundo é decepcionante, mas como meu pai sempre me dizia, tudo tem seu propósitos e sinceramente com o tempo nem me importava tanto.
- Lirios? - Pergunta Efraim puxando minha mão a apertando um pouco, significava que o seguisse e correndo de preferencia, ele tinha apenas 6 anos, hoje era o aniversário da mamãe e como tradição sempre escolhiamos lirios, ela gostava de acordar sentindo o cheiro deles.
- Como sempre, me mostre eles - Sorri enquanto o sentia se mexer e levar minhas mãos até os lirios na pequena floricultura, as toco delicadamente, uma por uma, Efraim me ajuda a escolher até finalmente completamos a missão, ele gostava de escolher comigo.
- Levaram agora ou mando alguem entregar? - Pergunta provavelmente o garoto que trabalhava lá, mas não reconheci sua voz.
- É novo aqui? - Pergunto ainda segurando a mão do meu irmão. - Desculpa, é que não reconheço sua voz.
- Na verdade vim no lugar do meu primo que está doente, meu nome é Nathaniel, mas pode me chamar de Nathan. - Por um breve instante tudo ficou em silencio e me perguntei o que havia acontecido.
- Ela é cega - Escuto Efraim sussurrar, isso sempre acontecia, mas ainda sim era triste.
- Desculpa, posso levar vocês se quiserem - Nathan diz e escuto seus passos indo em nossa direção.
- Não precisa, moramos perto, mas obrigada - Digo enquanto puxo Efraim para irmos embora, eu não fui muito acostumada a ter contato com outras pessoas, então sentia sempre um pouco de medo de qualquer aproximação.
- Esperem, eu vou com vocês - Se ofereceu ele, mas continuei andando até o sentir segurar meu braço e fico parada tentando não falar nada. - Posso pelo menos saber teu nome?
- Sara.
Digo continuando a caminhar, a mamãe daqui a pouco acordaria, tinhamos que chegar a tempo.
- Acho que ele está vindo atras de nós. - Efraim fala enquanto apresso mais os passos o máximo que podia, o que ele ainda queria?

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Mensagem por Convidado Sáb maio 10, 2014 12:49 am

Capitulo Dois


- Abgail, Abgail - Digo enquanto Efraim me ajudava a descer as escadas apressadamente, se conhecia bem Abgail ela devia estar afogada por chamar seu nome com tanta urgência.
- O que foi criança? Está sentindo algo? - Pergunta ela enquanto estendo minhas mãos até achar a mesa e puxo uma cadeira para me sentar balançando logo em seguida a cabeça para ela na intenção de a manter calma.
- Você é tão boa na costura, queria te perguntar se me podia fazer um vestido pro festival da Lua. - Pergunto no tom de garotinhas quando querem muito algo, soou até um tanto mimada - Faz tempo que penso no festival.
- Isso é para me convencer?
- Foi a intenção Abby, sabes que te amo. - Sorri largamente enquanto sinto Efraim pegar minhas mãos e segura-las acariciando os dedos, isso significava que ele estava dando forças.
- Ela quase não dormiu pensando nesse vestido - Resmunga ele e belisco de leve sua mão e ele acaba por soltar as minhas - Assim que me agradece Sara?
- Não pedi sua ajuda soldado. - retruco lhe mostrando a lingua.
Abgail ri e por um momento se mantem em silêncio, isso me deixava um pouco tensa, pois não poderia ver o que estava acontecendo realmente.
- Tecido a minha escolha? Modelo tambem? - Pergunta ela com um tom calmo, eu não lembrava muito o rosto dela, desde que meus pais se casaram ela trabalha em nossa casa e a tratamos como se fosse do nosso proprio sangue, da familia, quando perdi completamente a visão consigo me lembrar de pouco dela, sempre foi baixinha que se muito passasse era dos 1,52, sua pele era dourada por conta do sol, as roupas que usava eram quase semelhante as de freiras, mas ainda sim era uma moça bonita de lábios fartos, ela tinha seus 26 anos na época, agora 18 anos depois me imaginava se ela continuava daquela força e suspiro.
- Confio no teu gosto Abgail.

No vilarejo de San Camillo existia a seguinte tradição do Festival da Lua ou Festival da colheita, os moradores cultivavam e cuidavam de seus animais durante um ano e
depois os doava, o dinheiro arrecadado iria para o desenvolvimento ja que não existia Prefeito, ajudando na construir ou reformar colégios, igrejas e o mais importante, O orfanato da Srta. Carvahall, abrigava mais de 35 crianças de muitas idades, ficava me perguntando de onde ela tirava tanta paciencia.
- Você está linda Sara - Efraim em pé na minha cama me pega um dos braços me girando, escutei a risada da Abgail ao lado - Abgail, não podia ter feito ele menos caprichado não?
- Por que está dizendo isso? Dizia ela repreender Efraim, mas todas nos sabiamos que não passava apenas de brincadeira sua. -Você não parece ser uma criancinha.
- Não sou Abby, vou fazer 18 anos lembra? - Toco o tecido deslizando meus dedos por ele, parecia ser mais grosso que alguns outros, eu tentava em minha cabeça pensar em como seria o vestido e suas cores - Obrigada Abgail, és a melhor.
- Não fiz muito, mas parece que qualquer roupa lhe cai bem com sua pele de boneca de porcelana.
Eu giro algumas vezes tocando o tecido sentindo-o girar a saia como um daqueles vestidos das dançarinas da TV.
- Está a me deixar com ciumes - me surpreende Efraim segurando ainda minha mão, ele não era de dizer esse tipo de coisa.
- Por que diz isso? É uma maneira de dizer que estou bonita? - Pergunto acariciando suas mãos.
- Está tirando a atenção de Abgail de mim para você - Ele ri e o puxo para um abraço, eu não era alta, Efraim aos poucos começava a crescer e passaria de mim em breve.
- Sara? - A voz da mamãe parecia vir do vestíbulo e tento seguir sua voz, parecia um tanto curiosa e tambem gostaria de mostra o vestido que Abby tinha feito, então meus passos eram mais que apressados.
- Sim? - Pergunto quando chego a porta que dava acesso ao alpendre na velha propriedade.
- Um garoto está procurando por você - Eu quase tinha certeza de que era o Nathan, não o culpo de pensar que eu não era cega, nem eu mesma havia me acostumado com isso.
- An...Oi, esqueceu isso na loja, então vim te devolver. - Ele diz com a voz calma segurando minhas mãos, seu toque me pegou de surpresa, mas continuei imóvel até sentir ele colocar na minha palma meu pequeno coelho de pelúcia com as chaves do meu quarto e outras chaves na qual guardava e não tinham mais ultilidade, eu colecionava chaves.
- Obrigada Nathaniel - Foi o que disse por fim ainda o sentindo segurar minhas mãos e tento solta-lo na intenção de voltar.
- Espera, queria te perguntar se não gostaria de ir ao festival comigo- Pergunta enquanto estou de costas para ele a ponto de entrar, mas paro ao ouvi-lo.
- Não, eu ja vou com minha familia, mesmo assim obrigada. - Digo voltando pra dentro de casa com ainda mais perguntas em minha cabeça, a sua voz me fazia ter curiosidade de ver seu rosto.

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Mensagem por Convidado Dom maio 11, 2014 12:10 am

Capitulo Três


Se aproximava as 18 hrs quando o sol começou a se esconder, não era um anoitecer quente como de costume, conforme as nuvens se dissipavam no céu o frio invadia boa parte do vilarejo, não se era muito iluminado o caminho até o festival, mas Efraim tornava uma simples caminhada quase como um dos filmes de aventura de Indiana Jones.
- Efraim, calma, as vezes parece se esquecer que estas a guiar um cega - Digo tentando por o braço livre a frente do meu corpo tentando desviar algo que pudesse bater em mim, sentia um cheiro forte de verde, podiamos estar andando por a estrada de barro mais curta ou pela pequena floresta que havia por perto.
- A gente ja está perto - Disse com a voz um pouco afetada pela respiração ofegante que estava, mesmo assim parecia incansável.
- Não parece, parece que estamos caminhando a horas, não me diga que estamos perdidos.
- Relaxa Sara, não estamos perdidos - Diz ele fazendo uma curva e me puxando e sinto ele parar bruscamente me fazendo quase tropeçar nele, sua mão apertava a minha com força, sinal para que eu ficasse em silencio e o mais imovel que pudesse, eu não sabia realmente o que acontecia, tudo que pude fazer foi para e obedecer teu sinal torcendo que não fosse nada de tão grave.
Ouvia passos, por conta das pedrinhas na areia e os galhos dava pra se perceber bem que cada vez mais se aproximava e sinto Efraim tremer um pouco e aperto sua mão colocando o braço livre a minha frente para que pudesse me defender quando possivel, mas pude sentir uma mão tapar minha boca me impedindo de gritar, sem soltar a mão de Efraim tento morder a mão para conseguir me soltar.
- Nossa Sara, não precisava de tanto, isso doi - reclama uma voz conhecida que não ouvia fazia um bom tempo, mas conhecia bem de quem era, mas continuei emburrada - Desculpa, não queria te assustar.
- Você é um idiota sabia? - Digo de inicio séria, mas ri enquanto puxava seu braço para logo depois o empurrar.
- Continua a mesma chata de sempre. - Samuel era o tipo de amigo de infância mais sem juizo e um dos poucos que ainda tinha contato, o passar dos anos parecia nos deixar ainda mais unidos, mesmo quando ele sumia por um tempo.
- Sabes que não pode fazer isso, Efraim tem problemas nervosos, se ele passasse mal eu não teria como fazer muita coisa.
- Desculpa - Seu tom de voz parecia um pouco arrependido, mas ainda sim tinha ar de brincadeira.
- E se eu soubesse? - Pergunta Efraim com um tom acusado e brincalhão, me sentia ficar ruborizada, mas por estar um pouco chateada, não acrediava que poderia ter feito algo assim comigo.
- Vocês são uns idiotas - Digo começando a seguir um caminho com as mãos pra frente esperando não bater em nada.
- Vai pra casa Sara? - Pergunta Sam com um tom de risada.
- Não, vou pro festival sozinha.
- Mas está pegando o caminho de volta.
- Não me importo.
Continuo a caminhar, não havia muita coisa pra se ouvir, apenas ouvia o silencio e nenhum dos dois parecia ter tomado a iniciativa de me seguir, mesmo sendo apenas uma brincadeira me machucava as vezes por eu ser cega.
- Sara, espere - Ouço Sam dizer atras de mim, mas continuo a andar sem dar a minima atenção e seus passos aumentam até me puxarem por trás em um abraço forte, tive que segurar um pouco ou acabaria tendo deixado lágrimas deslizarem de meus olhos, de certa forma eu era muito sensivel - Me desculpa, não tive a intenção de te magoar ou te assustar.
- Ta tudo bem Sam, quero ir pra casa - Digo por fim
- Não quero que volte, eu passei muito tempo fora e voltei para ir ao festival contigo, lembra que todos os anos fazemos um boneco de frutas? Não vai quebrar nossa tradição, não é? - Disse ele em meu ouvido sorrindo, por mais que estivesse chateada com ele aquilo sempre tinha vida curta, era impossivel ficar sem falar com o Sam.
- Aquele cabeça de goiaba que fez foi ridiculo - ri ainda abraça a ele.
- Olha quem fala, você queria por uma cabeça na cintura do boneco.
- Por que achei que ficaria atraente, diferente, é arte, como aquelas pinturas de Portinari.
- Você é pessima como se trata de arte, mas alegra como ninguem qualquer pessoa. - Ele ri me apertando forte contra se e retribui afagando seu braço, não sabia o motivo por estar me abraçando tão forte, normalmente quando alguem abraçava outra pessoa dessa forma podia significar 'senti sua falta' ou uma despedida, algo dentro do meu peito dizia que havia algo errado - Sara, eu preciso te contar uma coisa.
- O quê? - Tentei soar o mais confiante que pude como se não fosse nada de mais.
Ouvi silêncio por alguns minutos, meu peito me acusava de que talvez eu ouvesse feito algo de errado, em meio ao abraço e o silencio, meus olhos quase transbordaram e tive que piscar vaeias vezes para que as lágrimas recuassem.
- Acho que te amo.

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Mensagem por Convidado Dom maio 11, 2014 10:21 pm

Capitulo Quatro


As palavras de Sam ainda soavam em minha mente, eu não soube realmente o que falar em relação aquilo, nos conheciamos desde pequenos, praticamente fomos criados juntos e ele conhecia muitas vezes a mim melhor que eu mesma, abraçada a ele em silêncio depois das palavras que disse me sinto aliviada quando Efraim faz uma brincadeira dizendo que pareciamos dois bobos e nos faz voltar a irmos pro festival.
Abgail e meus pais iriam aparecer um pouco mais tarde no festival, mas foram deixar sua contribuição ainda cedo do dia, as comidas começavam a ser preparadas muito cedo. Abby como sempre ajudava, não querendo-a subir, demais, mas a comida dela era uma das melhores do vilarejo e das senhoras da igreja.
- Abgail fez bolo de cenoura? - Pergunta Sam distraidamente enquanto andavamos provavelmente pelas barracas, pois o cheiro de comida e o barulho das pessoas conversando me dava certeza.
- Com chocolte - Se intromete o Efraim com sua voz de garoto travesso, pelo que conhecia dele e mamãe fala, sempre que alguem citava algo sobre a comida da Abgail ele passava a lingua por o lábio inferior e depois o mordia, era uma descrição que me fazia rir, de certa forma mesmo tocando no rosto de Efraim ainda sentia vontade de saber como realmente ele era.
- Ta brincando, sério Sara? - Pergunta me apertando devagar a cintura com o braço me fazendo cocegas - Efraim, dividiria o quarto com teu amigo hoje?
- Não dormira lá Sam, sabe que ele não gosta de dividir o quarto e o sofá é inteiramente de Bob. - Digo enquanto tento segurar um pouco o riso.
- Esqueci o quão egoista é teu cachorro.
- Não fala assim do Bob, ele é o cachorro mais amado da Blackwood - Proferi levantando o dedo indicador como se desse honras ao Bob.
- Não por mim, ele me odeia, sempre rasga uma de minhas meias. - Ele fala sério e rimos logo em seguida, Efraim faz um som parecido com nojo e me lembro que em um desses dias ele havia ficado amuado num canto, provavelmente por o pedaço de tecido ter lhe causado indigestão.
- Sara? - Escuto uma voz atras de mim me chamar e paro por um instante - Não acredito que estou te vendo novamente.
- Tua sogra - Efraim me cutuca de leve perto da cintura falando baixo, o cheiro de lavanda me invade completamente quando sinto seus braços me envolverem em um abraço apertado que quase me tira o ar dos pulmões.
- Sra. Dias, que bom encontra-la novamente - Digo com sacrificio quase sem ar, quando ela me solta e Sam me puxa pela cintura novamente para seu lado - Voltaram pra ficar?
- Ainda não temos certeza, Fernando passa por dificuldades ainda de saude e não pode se afastar do hospital por muito tempo, ele teve uma piora nos ultimos dias. - Seu tom de voz parecia triste e preocupada, convivi muito na casa dos Dias e sempre foram uma familia bastante unida.
- Não havia me falado do teu pai Sam. - Aperto um pouco o braço dele, mas não houve reação ou sequer alguma palavra, apenas silêncio quando Mariane pigarrou.
- Eu vou ver como Abgail está - Diz ela se afastando de nós e percebo que de alguma forma algo não estava certo.
- Aconteceu algo Samuel? - Pergunto dessa vez afagando de leve seu braço, não imaginava o que havia acontecido, até porque ele era o filho preferido de seu pai.
- Brigamos, antes dele ir pro hospital, acabo por me sentir culpado, talvez por minha causa ele esteja lá - Sua voz parecia quase falhar quando falava perto do meu ouvido, fiquei por um tempo imovel sem saber o que dizer.
- Por qual motivo? - Pergunto, não esperava realmente uma resposta concreta, por fim acabei por ficar triste pelo Sr. Dias.
- Sara? Vamo comigo pegar um peixinho dourado? - Sinto Efraim quase implorando perto de mim nos tirando do assunto, Sam disfarça sua voz como em um tom alegre dizendo que vai atras de sua mãe e volta a nos encontrar e sigo Efraim por entre as barracas.
- Pega um grande pra mim?- Ele apressa os passos e quase tropeço em meus proprios pés - Calma - ri
- Somos nós - Diz ele parando no mesmo instante e me sinto esbarrar em alguem, solto imediatamente o braço de Efraim e antes de sentir cair no chão alguem me segura.
- Obrigada - Digo pra quem quer que seja até sentir o cheiro forte de perfume masculino amadeirado, sinto meu rosto ruborizar um pouco enquanto passo as mãos ajeitando o vestido.
- Nathan - Efraim quase grita o nome dele atras de mim - Me ajuda a pegar um bem grande pra Sara?
- Será um prazer amigão, mas só se não tiver problemas com o namorado dela depois. - Nathan provoca me puxando pela mão para mais perto deles.
- Ele não é meu namorado, não que isso seja da tua conta. - retruquei.
- Efraim, aquele ali, parece com ela. - Diz ele ignorando o que havia dito completamente, sentia vontade se sair de perto dele, mas meus pés não me obedeciam, Nathan era o tipo do cara que me deixava irritada, ele era irônico.
- Tenta o pegar, eu seguro a tigela.
Por determinado tempo eu fiquei apenas os ouvindo tentando pegar os peixes maiores, ficava me perguntado o que o dono da barraca diria, pois eles haviam pegado não apenas dois, mais 4 dois maiores no qual nomearam de Frederico, Lance, Glória e Tum tum, eu revirei os olhos ao ouvir cada um dos nomes, mas estava feliz por ouvir as risadas felizes de Efraim.

- Vem comigo? Quero te mostrar algo - Pergunta Nathan segurando minha mão forte, tento protestar, mas para não chamar atenção das outras pessoas apenas fiquei parada e ele faz o mesmo.
- Acho que lembra bem que sou cega, melhor não - Digo calmamente, não sabia ao certo o que ele queria me mostrar ou qual proposito tinha de se aproximar cada vez mais de mim, mas tudo que não queria era uma briga, pelo que conhecia Sam se o visse insistindo provavelmente não acabaria bem.
- Então aquele cara é mesmo seu namorado?
- Sam é só meu amigo de infância, mesmo assim não é da tua conta se tenho namorado ou não
- Você é mais irritante do que aparenta ser - Ele ri e começa a andar novamente, por um segundo quase tropeço, mas começo a andar, qualquer suspeita ruim que tivesse eu gritaria, alias, não era muito boa de confiar em pessoas que não conhecia.
Os passos foram aumentando um pouco mais e quase tive que correr para alcança-lo, mas depois de um tempo ele para, ainda estavamos no festival pois escutava o barulho ainda das pessoas ao nosso redor, só que um pouco mais baixo como se estivessemos dentro de uma das barracas.
- Pronta? - Pergunta ele me soltando enquanto eu permanecia parada.
- Para? - Pergunto indiferente.
Ele ri baixo perto de mim e ouço um estalo como de uma tomada e sinto um vento parecido com um de varios ventiladores pequenos em direção ao meu rosto e ele novamente pega pela mão as levantando um pouco na altura de meus ombros me entregando uma coisa semelhante a um palito de churrasco e sinto uma brisa nova em direção ao meu rosto.
- O que é isso? - Pergunto com um meio sorriso e ele não fala nada, apenas o sinto se aproximar um pouco mais, seus braços roçam de leve nos meus e seus dedos se juntam aos meus examinando lentamente o que ele havia me entregado, era um catavento.
- Cada ponta tem uma cor diferente, azul, vermelho, amarelo e verde - Disse ele com seus dedos junto aos meus me mostrando cada ponta enquanto indicava as cores delas.
- Você o fez
- Ele e os outros - Ele ri
- Quantos tem aqui - Pergunto ainda segurando o pequeno objeto.
- Aproximadamente cem, quer dizer noventa e nove, esse é seu
- Nathan, eu não sei se posso aceitar - Digo baixando um pouco a cabeça, mas sem me afastar nenhum pouco.
- Tem seu nome nele - Disse por fim.
A simplicidade e a forma como o fez me fez aceitar e permanecer em silêncio, eu não sabia como o dizer não naqule instante, apenas de antes minha cabeça esta completamente cheia de outras coisas, elas pareciam ter sumido, como se o vento de todos aqueles cataventos cheio de cortes como descreveu tivesse soprado os meus pensamentos pra longe, no fim, entendi que estava apenas lutando contra que não era o que pensava.
Nathan não era como pensei que fosse.

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Mensagem por Convidado Ter maio 13, 2014 3:32 am

Capitulo 5.1


Com o passar de alguns dias parecia que a amizade de Nathan e Efraim aumentava, eles sempre se encontravam pra falar de Frederico, Glória, Tum Tum e Lance, Nathan tinha contruido um lar perfeito segundo Efraim pra eles, como um tipo de castelo da realexa dentro do aquario, me deram Glória por se parecer comigo em que aspecto eu realmente não sabia dizer, então frequentemente estavamos conversando, boa parte de mim lutava contra, outra parte parecia me encarar e dizer: - Por que lutas?

- Faz tempo que mora aqui no Vilarejo? - Nathan me pergunta enquanto escuto as risadas de Efraim andando em sua bicicleta no pequeno partinho que tinha ali, bem no centro do Vilarejo, eu tinha vindo o acompanhar.
- Faz uns 3 anos, nossa casa era do meu avô, ele faleceu e deu a casa como herança ao papai. - Digo por fim de uma forma triste por mencionar a morte do meu avó, eu sentia muita falta dele.
- Eu sinto muito.
- Tudo bem.
- Senti falta dele não é? - Pergunta ao meu lado e o sinto se mexer, provavelmente se deitando na grama recem cortada.
- Muita.
Houve um silencio, eu me sentia um pouco desconfortavel com os silencios, muitas vezes por eu não poder ver o que realmente acontecia, mas pelo pouco que havia observado dele, quando não falava nada estava pensativo, Efraim disse que ele ficava olhando para o céu, parecendo que seus pensamento fluiam.
- Sara, diga algo que mais ninguem sabe alem de ti - Ele me tira de qualquer pensamento e estranho um pouco.
- O que quer com isso? - pergunto indiferente.
- Só te distrair pra não ficar tão triste.
Não digo nada, apenas sorri enquanto ouvia Efraim chegar cada vez mais perto e se sentar entre Nathan e eu, com a respiração acelerada e deita a cabeça em meu colo.
- Do que estão falando? - Pergunta ele curioso enquanto afago seus cabelos, eu permaneço calada enquanto Nathan ri.
- Nada demais - Digo por fim.
- Sara, hoje é seu dia do teste coral, não é? - Lembra ele e quase dou um salto de onde estava sentada.
- Que horas são? - pergunto.
- Falta cinco minutos para as quinze. - Quando ele me fala apresso Efraim para sair de meu colo e começo a caminhar, eu não podia me atrasar, minha mãe havia feito o que podia ou não para me colocar lá, eu não podia desaponta-la.

- Abgail, eu estou nervosa - Digo enquanto acariciava uma de suas mãos tentando disfarçar meu nervosismo, não havia tido uma surpresa, mas duas quando finalmente aparecia na reaunião do coral, uma foi que fui aprovada e naquele instante era membro, a segunda era que iria cantar.
- Não precisa se preocupar, tua voz é linda criança - Ela falava sempre da mesma forma, talvez por não ver fosse um pouco melhor pra mim.
Mas são muita gente - Digo baixinho.
Supere, finja que está menos que o habitual, você pode fazer isso.
- Obrigada Abby - Eu podia sinceramente dizer que aquela era um grande mulher, como minha mãe era e meu avô era um verdadeiro e grande homem, pois sempre podia existir qualquer tipo de dificuldade, nada seria maior que sua fé, força de vontade. É o que ela passava pra mim naquele instante.

Não demorou muito para chegarmos na igreja, Efraim me assustava dizendo que havia milhares, mas segurou em minha mão para tentar mandar o medo embora.
- O que é bom pra ti? - Escuto atentamente aquelas palavas depois que me sento -Por que nos isolar diante de um grande problema? Existe mesmo grandes problemas? Isso é exatamente o que sua mente te faz pensar, mas ela não age daquela forma sozinha, ha uma força maior atrás, tudo que tem que falar pra si é que não existe dor, medo, problema, maior que aquele que olha por ti a cada instante, aquele que foi e prometeu voltar, pois segundo suas palavras nada pra ele é impossivel.
- Sara, não precisa se assustar, quer que eu vá junto pra segurar tua mão? - Efraim pergunta em um tom preocupado, apenas balanço a cabeça que sim me levantando para que me guie até meu lugar.
Muitas pessoas, podia ouvir mais que o habitual a falar, minhas mãos soavam e engoli em seco pegando o microfone.
- Não ligue pra quantidade. - ouvi Efraim dizer quando o som do piano começa a invadir todo o recinto, era uma musica na qual precisei de muito tempo até adquirir o tom certo, Halleluah versão original, ele sempre me trazia uma paz dentro de mim, a certeza de que realmente nunca estive sozinha.
Cada palavra cantada sai suavemente, mesmo não vendo nada a minha frente fechei meu olhos, no mesmo instante que cantava eu agradecia e pedia dentro de mim, naquele instante havia vindo algo em minha mente que me fez ficar surpresa, a mesma pessoa na qual disse não gostar muito, agora fazia um papel diferente em minha vida.
E por mais incrivel que pareça, ele tambem estava ali a me ouvir cantar, eu me senti sorrir, mas não sabia o motivo certo.

(Lucas 1:37)

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Mensagem por Convidado Ter maio 13, 2014 6:31 pm

Capitulo 5.2


Parecia que nada tinha dado errado, meu nevosismo parecia ter ido embora a cada nota que ouvia do piano, eu me sentia diferente em relação a musica, era trazia dentro de mim uma calma, tirando de mim qualquer coisa que podia chegar a me fazer mal, era como terapia.
- Você foi bem - Diz Efraim com o braço em volta de minha cintura, com um ar um tanto orgulhoso - Uma pessoa veio te ver cantar. - Fico em silêncio imaginando quem ja podia ser.
- Esse mesmo - Ouço Nathan dizer atras de mim e eu ri - Sua voz é linda Sara
- Sr. Catavento - Falei séria com um meio sorriso enquanto continuava segurando a mão de Efraim, ele parecia inquieto, ficava me perguntando o que se passava.
- Sara, vem comigo - Efraim começa a puxar minha mão como se fosse para o lado de fora e o segui me perguntando o que estava acontecendo.
Depois de alguns passos parecia tudo mais calmo, ele solta minha mão e ri, eu não entendia nada, até que outras mãos seguram as minhas entrelaçando nossos dedos, diferente das de Efraim essas eram maiores que as minhas e tento as separar, mas ele me segura firme.
- Desculpa te assustar.
- O que está fazendo aqui, armações suas e de Efraim? Preciso ter uma conversa com ele. - Digo com as mãos ainda unidas a de Nathan.
- Não é nada demais, eu acho. - ele ri.
- O que quer Nathan? - Digo com o tom sério, não que ele ainda me irritasse, mas eu nunca fui acostumada a aproximações do tipo a não ser com Sam.
Ele não diz nada, apenas o sinto te aproximar mais e soltar uma das mãos tocando com a ponta dos dedos em meu rosto, ao mesmo tempo que sentia algo parecido com uma corrente eletrica no meu corpo tambem ruborizei de imediato virando um pouco o rosto.
- O que quer? - Pergunto com o rosto ainda como estava, seus dedos agora deslizavam por a lateral do meu rosto e continuo ruborizada sem mais o que dizer, dentro de mim havia uma confusão, uma batalha maior, uma batalha que talvez eu chegasse a perder.
- Sara, eu me sinto diferente quando estou contigo... - Ele finalmente fala com a voz baixa me puxando pela cintura para mais perto e me envolvendo em um abraço sem nenhum tipo de malicia, ele acaricia meus cabelos e beija o alto de minha cabeça, eu não conseguia falar nada, talvez palavras eu teria, mas não estavam preparadas naquele momento.
- Só queria que soubesse.
- Tudo bem - Digo ainda ruborizada em seus braços, ele parecia ser bem mais alto que eu, mas que ficava muito bem ali com a cabeça apoiada em seu peito.
Ele se afasta um pouco pegando uma de minhas mãos e me entregando o que parecia ser um caule de uma rosa, me assustei por poder te espinhos, mas não tinha, parecia ter pensado em tudo desde o inicio.
- Quer toca-la? - Balanço a cabeça que sim deslizando meus dedos por ela até tocar na rosa, não estava totalmente aberta, mas as pétalas eram macias e tinham um cheiro adocicado - É vermelha.
- Obrigada Nathan - Digo com um sorriso ainda sem saber o que diria a ele, aquelas velha sensação de frio na barriga como aquela que se senti na descida de uma montanha russa.
- Sara? - Ouço uma voz não muito longe de nos dois, o que me fez se afastar um pouco do Nathan, a voz trazia um certo tom de tristeza, ao mesmo tempo de duvidas.
- Sam- Tento disfarçar um pouco minha voz, parecia ter afetado a mim tambem e me aproximo dele.
- Acho que cheguei tarde. - Ele ignora me aproximação e fico onde estava, Nathan continuava em silêncio, na verdade nos dois.
- Sam...
- Você não é a mesma Sara. - As suas palavras me feriram por dentro, como se insinuasse outras coisas.
- Do que está falando? - Pergunto.
- Não é a mesma que gostei desde a infância
- Claro, eu cresci.
- Não só isso, mas parece que não é mais... - Dessa vez ele tinha ido longe demais, mas antes que pudesse falar qualquer coisa Nathan passa por mim e escuto um barulho parecido com o de um soco e levo as mãos a boca, eu queria gritar pra alguem impedir, mas apenas avancei.
- Nathan, para - Tento ir em direção a eles, mas sinto uma mãos me fazer recuar e quase cai se não fosse a parede na qual me segurei.
Ouvi os dois xingando um ao outro em meio a violencia corporal, eu sentia meus olhos se encherem de lágrimas e começar a transbordar, a rosa havia caido, eu pedia para pararem.
Foi quando sinto alguem bater forte na parede e depois alguem correr, do meu lado havia alguem inconciente, ainda com as lágrimas no rosto me ajoelho e tento tocar seu rosto percebendo que estava umido e que não era suor e sim sangue.
- Sara...- Escuto a voz de Abgail se aproximar e apressar os passos - Meu Deus, Efraim, chame alguem por favor - Ela quase grita e se volta me puxando pra ela - Sara? O que aconteceu?
Eu não conseguia responder, meu peito ardia de raiva, Sam havia passado dos limites.

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Mensagem por Convidado Sáb maio 17, 2014 11:57 pm

Capitulo Seis


Não as pessoas ao meu redor, mas eu me pergunto varias vezes onde nasce os sentimentos, seria uma combinação significativa de sensações e fatos que te fazem feliz? Um sorriso, um carinho, a vontade de estar perto de outra pessoa? Nascem de forma livre e que nos deixa presos aos melhores momentos de nossas vidas nos quais não queremos esquecer, toma nosso ar nos deixando felizes por a sensação, boa parte de minha vida não soube realmente o que era me sentir de tal maneira até hoje, posso perceber que parte de minha vida valeu apena coisas não terem dado certo, era só questão de tempo para o verdadeiro ocorrer.
- Seu rosto parece está melhor - Digo enquanto toco no rosto de Nathan, havia se passado alguns dias desde a briga que teve com o Sam que pareceu ter sumido outra vez, eu não sentia raiva dele, eu só queria que pelo menos me explicasse o por quê da situação.
- Está mesmo, não pareço mais um bêbado que levou um soco no olho - Apesar da situação ter sido um pouco mais que isso ele sempre fazia de uma situação séria algo que fazia rir, era o que admirava nele.
- Que eu me lembre, prometeu de me levar pra sair- Digo tirando as mãos de seu rosto e as colocando pra trás até achar uma das colunas do alpendre e me apoio, apesar dos meus cabelos um pouco curtos ainda sim o vento sobrava eles pro meu rosto e os tirava inumeras vezes.
- Verdade, não quer ir amanhã? - Pergunta distraidamente, sua voz parecia denunciar sono, eu era muito teimosa por outro lado, ele sabia que eu não iria desistir até conseguir.
- Vou me arrumar - Digo o arrastando comigo para me esperar na sala, Efraim parecia empolgado, mas não iria conosco, nem eu mesma sabia para onde estavamos indo.
Pelo tempo que ja tinha se passado desde que Nathan estava conversando comigo eu podia dizer que ja estava perto de escurecer, talvez no pôr do sol, com a ajuda de Abgail me vesti, não havia me vestido tão elegante, apenas coloquei uma blusa branca simples e uma saia preta cintura alta, minha mãe havia dito que eu estava bonita, eu era baixa assim como ela e sempre usava sapatos com salto para parecer um pouco maior.
- Pra onde a gente vai não precisa usar saltos e essa saia esta curta - Seu tom de voz era sério, eu me senti quase fazer careta em sua direção, mas apenas fiquei na minha.
- E para onde vamos?
- Você acha mesmo que eu vou dizer? - Ele ri, Efraim estava do meu lado e se juntou a ele no riso, tinha quase certeza que ele sabia de tudo, os dois juntos pareciam amigos inseparaveis agora.
- Droga - Digo enquanto peço para Efraim subir e pegar minhas sapatilhas, havia algum tempo que não as causava, perguntava a ele pra ver se ele dava qualquer pista, mas se manteve de bico calado, ele era teimoso e muitas vezes me tirava do sério aquilo. - Pronto?
- E a saia?
- Nathan, quem vai olhar pra uma cega?
- Eu vou olhar - rebati ele.
- Essa é a intensão certo? To saindo contigo - ri enquanto caminhava até seu lado e ele segura em minha mão para sairmos finalmente de casa.
Eu ficava me perguntando para onde realmente estavamos indo, boa parte do tempo ele estava em silencio, caminhando por algum lugar no qual não havia qualquer sinal de movimentação de carros, nem barulho de pessoas por mais poucas que fossem.
- Vem cá, olha eu vou te ajudar a subir nos meus ombros pra passar a cerca, depois eu vou sozinho ta? - Pergunta puxando minha mão até deixa-la em seu ombro e me esforço pra fazer o que pediu tirando as sapatilhas e subindo em seus ombros, demorou um pouco até que conseguisse atravessar o outro lado.
- Minha vez - Sinto ele jogar minhas sapatilha e a cerca que parecia alta ele não demorar muito até finalmente pular do outro lado e calcei minhas sapatilhas e novamente começamos a andar com ele segurando minha mão, me perguntava naquele momento se ele não percebeu minha pulsação acelerada, não pelos desafios, mas por outro motivo.
Estava tentando desvendar o que sentia naquele momento, não era apenas algo que possa ter sentia a pouco tempo, parecia ser sido construido aos pouco sem que eu que percebesse, agora ja tomava boa parte de meu sorriso.
- Pronta? Chegamos - Diz ele finalmente e escuto um pouco de musica ao fundo, uma melodia animada e sorri.
- Onde estamos?
- Parque de diversões - sorri ele aina segurando na minha mão.
- No meio do nada?
- Não, foi só um atalho pra gente não pagar entrada - ri enquanto me puxa pra mais perto - Qual quer ir primeiro?
Nesse momento meu coração foi pego maquinando em meu peito, aos poucos, eu não conseguia mais resistir pelo que tanto lutava, era uma batalha em vão, ja havia jogado as armas no chão, ja havia baixado a guarda um pouco antes.


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Mensagem por Convidado Sáb maio 24, 2014 5:02 pm

Capitulo Sete

Rebecka


O vento está balançando as janelas
Sobre o quarto menor que eu
As estrelas enchem o céu
Brilhando demais pra contar...
Minhas pernas doem demais pra eu poder andar
Meus olhos estão borrados de lágrimas
Pois o amor não foi feito pra mim
Eu ainda vou sorrir mesmo assim
Maravilhosos momentos juntos
ficaram enterrados pra sempre em meu coração
Assim como as estrelas brilham na eterna solidão...

********

Em muitas histórias dizem que não importa se a historia tenha um final feliz, muitas delas tem momentos decisivos que te tiram o fôlego, mas não o final que espera, algumas historias nem sempre os casais acabam juntos - isso não quis dizer que não foi uma boa historia - nem sempre os melhores caminhos vão te levar para os melhores lugares ou melhores momentos, as vezes os caminhos estreitos e não muito bons te surpreendem.

- Beck? Podemos ir agora? - Guilherme estava em pé de frente a mim, seus cabelos escondidos por baixo do capuz do moleton verde escuro, podia jurar que via seus olhos em uma tonalidade impressionante pela primeira vez.
- An...Claro, me desculpa por isso - Sinto minhas bochechas ruborizarem um pouco, a neve ainda caia forte do outro lado da janela do carro e minha mente continuava a mil.
- Não precisa se desculpa, eu não sei como é ter crescido sem sua mãe e está apenas querendo saber dela, estou aqui pra te ajudar, sabe que estarei sempre. - Seu tom era tranquilo ainda com a porta do carro aberta, o vento frio entrava por ela me fazendo tremer um pouco, era um dos invernos mais rigorosos que teve nos ultimos tempos, eu apenas sorri pra ele com a pequena caixinha na mão, onde havia parte dos dias de meus pais, meu casal preferido.
- Obrigada por tudo Gui, sério, se não fosse você nem estaria na metade desse caminho. - Sorri sem jeito.
- Quer dar um olhada antes do irmos? - Pergunta ele finalmente fechando a caixa e indicando com os olhos a caixa de madeira apoiada em meu colo.
- Acho que sim - ri com as mãos um pouco trêmulas, minha tia Carly havia guardado aquilo durante anos, eu não havia tido muito contato com ela durante um tempo, mas logo percebi que estar perto deles traziam mais a presença dos meus pais.
Ao abrir a caixa pela primeira vez depois de alguns minutos observando-a no meu colo me perguntando se abria ou não, era um convite para imaginar mais meus pais, mas tambem era uma forma de sentir ainda mais a falta deles, de imaginar seus rostos, suas vidas como foram, de imediato uma foto me chamou atenção no topo de muitos papeis ja amarelados por conta do tempo, a seguro com cuidado analisando a fotográfia um pouco apagada.
- São seus pais? - Pergunta Gui se inclinando um pouco para ver, assenti e continuei a ver cada detalhe, minha mãe tinha mais ou menos minha idade na foto, vestida com um vestido longo em tom vinho que parecia ter feito absolutamente pra ela, seu busto não era tão farto, mas o corte do vestido naquele local parecia dar um brilho diferente a ela, seus cabelos escuros destavam melhor seus olhos castanhos, aquele meio sorriso escondia uma felicidade que parecia não lhe caber no peito.
- Ela parece muito com você - Diz examinando a caixa e tirando um pedaço de papel desgastado que parecia ter sido dobrado e desdobrado milhares de vezes, parecia ser uma carta Eu posso ler?
- Claro - Digo com um sorriso ainda sem tirar os olhos da fotográfia velha.

Sara,
Eu não sei quanto tempo precisou para que eu percebesse que seu sorriso me trazia de volta a vida sempre que parecia estar caindo, talvez segundos, perceber que não podia ver o mundo da forma que eu via me trazia um pouco de dor, as lagrimas que escondidas você chorava por isso eu podia sentir quase o gosto amargo delas em minha boca, não era bom pra mim, nem ao menos pra você, mas hoje percebo se não pode ver o mundo da forma que vejo eu te mostrei ele da melhor forma possivel e te agradeço, por que você me salvou de alguma forma.
Abgail pode está lendo essa carta pra você agora por eu ainda está no meio do curso de braille, mas prometo que logo as cartas seram apenas lidas por você e tecnamente depois dessa confissão Abby me matará quando estiver ai, eu sinto sua falta, não é bom está aqui arriscando minha vida e ter que esconder de você isso, está quase todos os dias em meio a tiros e pessoas gritando por socorro é quase um pesadelo, mas como te prometeu não sujei meu uniforme em nenhum momento, apenas pra ajudar uma velhinha ferida, mas foi para fazer o bem, espero que entenda.
Eu prometo que esses dias passaram mais depressas que os anteriores, estar longe de você é pior que até mesmo perder uma parte de meu corpo, mas fico aliviado de saber que meu coração esta completamente seguro junto ao teu que em breve o aconchegarei junto a meu peito.

Sempre seu.
Nathan

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Mensagem por Convidado Dom maio 25, 2014 3:42 pm

Capitulo Oito

Sara


- Ai - Resgundo baixinho quando sinto sem querer abgail me espetar de leve com a ponta da agulha, eu ainda estava parada ali em pé praticamente uma hora enquanto ela fazia os ultimos ajuste daquele vestido.
- Desculpa e tenha calma Sara, conheço quando está impaciente, você começa a mexer os dedos e acaba me deixando da mesma forma, está quase terminando. - Abgail continuava a se mover ao meu redor e tentei ficar totalmente parada como ela queria, minha mente ainda formulava o evento e como pude deixar se convencer por Nathan, não havia lógica naquilo.
- Acha que fiz o certo? - Pergunto a Abby, ela tinha se tornado praticamente minha confessora, ela tinha bons conselhos.
- Mas Claro, por que não haveria? Não precisa de muito pra ver que gosta do Nathan - Seu tom de voz soava divertido, o que me fez ruborizar de imediato.
- E-eu não g-gosto do Nathan, quer dizer, não dessa forma - acabei por tropeçar nas palavras o que a fez rir de imediato me deixando ainda mais sem jeito - Ai, cuidado com essa agulha Abby.
- Por que está nervosa? Não tente me enganar pequena, eu te criei, sei mais de você do que pensa.
- Mas não é o certo, Nathan é apenas meu amigo, alias, o que ele veria em mim?
- A garota maravilhosa que é - Diz por fim.
- Eu sou cega! - Digo jogando aquilo como se fosse novidade pra ela.
- Não sabia que se amava com os olhos, achava que era com o coração. - Podia sentir com aquela ironia ela reviar os olhos, eu podia imaginar que era aquilo mesmo que ela fez, foi o que me fez abrir a boca pra falar e a fechar na mesma hora por um tempo - Não pense dessa forma, tambem não é preciso ver pra perceber que ele tambem gosta de você.
- Mas ele merece uma garota que o veja como ele é, que diga e ria do seu cabelo bagunçado, de quando mesmo desarrumado fica bonito, de como quer o levar para os lugares nos quais gosta e compartilhar com ele, que ligue pra ele de manhã cedo o acordando pra dizer o quanto senti sua falta, que segure na sua mão e não a solte, diga que mesmo com as dificuldades estará lá nem que seja pra se manter abraçada a ele confortando seu coração. - Eu não sei como todas aquelas palavras sairam de uma vez, nesse meio tempo Abby continuou calada e me perguntava de onde surgiu tudo aquilo, eu quase senti meu peito aliviado por aquilo, mesmo doendo de alguma forma o que havia dito.
- E você pode fazer isso, achei que era mais forte Sara
- Eu quero ser Abby, mas eu não sei como, sei que por mais que tente não ligar pra como sou sempre haverá algo me me fara bater na mesma tecla, ele merece mais. - Podia sentir meus olhos umidos e tive que respirar um pouco mais fundo tentando não fazê-las transbordar de meus olhos.
- Não precisa, ele gosta de ti do jeito que é, dê a si uma chance de ser feliz
- Eu não sei.
Por um momento comecei a me perder em todos os meus pensamentos, não podia negar que estava a gostar do Nathan, sua persistência o fez se aproximar mais de mim com o tempo, eu podia sentir que gostava de mim tambem, mas eu não via o mundo assim como ele via, algumas coisas eram impossiveis pra mim.
- Se ficar procurando motivos para não ficar com ele, acabara achando varios. - A voz de Abby acabou por me tirar por um breve momento de meus pensamentos e não podia dizer que ela não tinha razão, era verdade, eu sempre procurava motivos, eu sempre achava, eu sentia medo, não era pouco.
- Devo dizer que nunca havia visto mais bela princesa - Aquela voz fez meu coração esmagar meu peito naquele instante, tudo que fiz foi apenas apertar o tecido na saia com as mãos em punhos.
- O que faz aqui? - Pergunto quando noto que Abby havia nos deixado sozinhos naquela pequena sala de costura, eu não me virei nem me movi um só centimentro.
- Eu vim pedir desculpas pelo que aconteceu semana passada Sara, não foi minha intenção. - Podia sentir a voz de Samuel vacilar um pouco, seu forte nunca foi pedir desculpas, muito menos para mim - Eu ainda estava um pouco tenso por conta da briga com meu pai.
- Para de misturar as coisas, não tem nada a ver Sam.
- Aquela cara ia te beijar - Ele quase grita e segurei ainda mais o vestido.
- E você quis insinuar que eu era uma... - dou alguns passos e quase tropeço no vestido, suas mãos me segurando firmes e tento me livrar delas - Me deixa Samuel, não consigo falar contigo agora.
- Eu te amo Sara, desde sempre, me conhece bem, por que não me deixa te mostrar. - Sinto ele caminhar atras de mim e continuo a andar.
- Não Samuel, eu o conhecia, não tenho mais certeza sobre isso.
- Eu sou o mesmo.
- Talvez eu não seja. - Digo parando e o sinto me abraçar por tras como costumava fazer.
- Ainda é.
- Mas gosto de outra pessoa. - Essas palavras foram o suficiente para me abraçar mais forte.

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Mensagem por Convidado Dom maio 25, 2014 4:08 pm

Estou amando esta fic *----* vc já sabe disso kkkk
Sam é meio insistente, se ela vai beijar o Nathan ou não é problema dela por mais que ele goste dela não acho motivo para bater nos outros...
quero continuação!!!

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Mensagem por Convidado Seg Jun 02, 2014 5:55 pm

Capitulo Nove
Rebecka


- Desculpa, se cuida... - Foi as ultimas palavras que ouvi daquela mensagem de voz antes de sumir de vez e tudo aquilo ainda ecoar em minha mente como uma gilete rasgando tambem meu peito e continuo sentada no sofá imovél com meus olhos transbordando, era uma grande fraqueza minha.
- Rebecka? Filha o que houve? - A voz de minha avó saia tão preocupada que eu não conseguia olhar nos seus olhos, na verdade nem eu mesma conseguiria me encarar naquele momento e sinto ela me abraçar forte como se ja adivinhasse o que seria.
- Vó, acha que é tarde pra dizer algo que há tempo teve medo? Um sentimento... - Minha voz tremulava um pouco, eu nem conseguia reconhecer que era eu.
- Nunca é tarde meu bem - Fala ela calmamente acariciando meus cabelos e suspiro tentando parar de chorar.
- Obrigada, eu volto logo - Digo dando um meio sorriso de canto limpando as lágrimas e saiu pela porta apressadamente.

*******

O Aeroporto estava muito cheio, estava no tempo de férias e varias pessoas corria de um lado para o outro, o painel de voos mudavam a cada segundo indicando quais chegavam e quais saiam, eu estava preocupada com tudo aquilo, ja haveria saido?
O celular estava dando desligado, eu dava passos apressados pelo saguão a procura dele, dentro de mim eu pedia em silêncio para que tudo pelo menos fosse o que era pra ser, mas que eu conseguisse ao menos falar, minha mente estava mais que inquieta.
- Guilherme - Grito por entre as pessoas que estavam entrando para o proximo voo, ele estava com uma bolsa nas costas, cabelo recem cortado, barba por fazer, como sempre o mesmo rosto, mas ele não me ouviu - Guilherme! - Varias pessoas olham em minha direção se perguntando o que estava a fazer, por quem gritava, mas finalmente ele olha pra trás e subo em uma das cadeiras pra ficar um pouco maior e o olhar sem dificuldade.
Ele olha pra mim com uma expressão de certa forma triste, flexiona uma perna e segura nas alças da bolsa, junto a ele metade das pessoas tambem para.
- Olha, me desculpa, só estou aqui por que antes que pegue esse avião pra longe eu quero que me escute - suspiro tentando controlar minha voz que ja saia um pouco estranha anunciando as lágrimas chatas que ja ardiam em meus olhos - Eu não me importo se você queria ser quando criança um bonequinho verde que animava a maioria de nós na infância, se sempre que todos se distraem tira a salada de seu prato, que dormi as vezes com a boca entreaberta, que é preguiçoso, que suas piadas são bem melhor que as minhas, que dormi sempre que está lendo um livro - suspiro - Eu posso não gostar do seu cantor preferido, por não saber eventos importantes dele, data de discos, arrisco sempre algumas musicas, mas são poucas, não importa os defeitos que temos, ninguem é perfeito, não somos iguais, não gostamos das mesmas coisas, de algumas pra ser exata, eu tive medo por tanto tempo, eu sabia e sabi que dentro de mim tambem existia o mesmo - Bato no peito de devagar com a mão em punho - Aqui, sempre teve, senti ciumes e não quis assumir, sentia falta, fingia estar brava, mas era apenas pra te ter perto por que nunca fico brava com você, nem chateada, por muitas vezes me pergutaram se eu tinha namorado e disse que sim, dizia que era você, por que no fundo eu queria e agora vejo o quanto o medo me atrapalhou, eu comprei esse violão pra nada mais nada menos que te fazer uma canção que ja se formulava a muito tempo na minha mente, queria aprender a fazer o ritmo e te cantar - Tiro o violão da capa e me toco as cordas devagar.

"Olha só nós dois
Brincando de erguer o mundo da nossa maneira
Desculpa se a voz não sair da maneira certa
Só queria dizer, que essa é para ti

O sol hoje nasceu diferente
As folhas se misturam a vento a tremular, a vagar sozinhas
Meu peito, não vê a hora de te ver chegar.
Da janela conto as ruas até você, não parece tão longe, não é

Então não deixa
Que o mundo feche nosso caminho secreto
Não fale
Que o mundo é tão cheio de limitações
Espera
Um dia a vida deixa de nos atrapalhar e permiti
Que nossos dias continuem a ser como antes
Que só a gente sabe o quanto é bom.


Me levanto e vou até ele entregando uma coisa em sua mão.
- Eu pedi pra fazer essa gargantilha de prata a uns meses atrás, usei algumas vezes, fica com ela, você vai pegar o avião agora, a gente pode não se ver mais e daqui a uns anos minha melhor amiga vai me visitar com seus filhos que me tratam como tia e enquanto estou com um deles nos braços andando pela sala ele vai olhar pra uma fotográfia e me perguntar "Tia Becke, que é esse cara fazendo careta engraçada?" Eu darei um sorriso e direi que é o cara que eu amo, que mesmo sem saber onde esteja ainda continuara sendo o cara que amo e darei um beijo no alto de sua cabeça. - Olho uma ultima vez nos seus olhos e começo a me afastar deixando as lagrimas cairem finalmente.

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