My Mistakes

Capitulo 1
" De volta a vida " Pensei ao retomar o fôlego e erguer a cabeça, agora eu tinha um motivo para continua , certo, o tal motivo estava a quilômetros de distancia, mas ainda assim era uma razão valida para respirar, se não a mais completa pra existir.
Escuto o celular apitar indicando uma nova mensagem.
" Bom Dia.
- Mel "
Foi só do que ela precisou para me fazer sorrir. Guardei o celular no bolso e fui aos meus afazeres diários.
Já eram cerca de quatro da tarde quando me sentei a mesa junto ao computador. A pagina do forum ja estava salva como uma das mais acessadas nos últimos dias, bem, isto estava a virar parte de minha rotina, era um modo de fugir do mundo la fora.
" Pensei que não entraria hoje - Disse-me assim que entrei no chat.
" Só tive de fazer umas coisas antes... - Digitei apressado e lhe enviei.
" Pois bem, já está aqui, vamos jogar?
" Sim, ao jogo! "
Podiam chamar de vicio, passava horas e horas a descrever ações e mais ações com os tais personagens. Mas não era minha obsessão por escrever ou meu fanatismo por livros de ficção que mantinham ali, e sim ela, era ela a verdadeira para que eu entrasse dia após dia, usasse e abusasse de minha criatividade para surpreende-la. Passávamos a noite acordados participando de ações virtuais as quais daria tudo por vive-lãs frente a frente. Podiam ser apenas dias, mais ela me prendia de tal forma a cada decisão minha estar ligada a ela. Se ela sentia o mesmo? Vai saber, de que me importava no momento? Eu sentia, e aquele sentir me fazia bem , sendo ou não correspondido.
Acordo por cerca das oito da manha, meus olhos pesados insistem em me deixar na cama, não podia ser assim, tinha de me apressar com os deveres ou não repetiria queda tal mania anestesiante da noite.
- Matt? - Chama-me uma voz doce, era minha irmã, sem duvidas, a voz baixa, mais que acalmava.
- Margareth?- Volto a tentar abrir os olhos, a fresta de luz que surge da janela entreaberta vem de encontro aos meus olhos causando-me um pequeno ardor.
- A própria.- Diz ao se jogar a minha cama. - Tem visita ! - Profere por fim e sai de meu quarto deixando a porta aberta.

Cápitulo 2

Após a cena com Val preferi remediar com distância. Me fizera passar por aborrecimentos desnecessários, aquela hora da noite então só me deixava ainda mais irritado.
A lamina não estava distante, aliás, permanecia ali na terceira gaveta desde a ultima vez que a usara.
Deslizo as mãos até o puxador da gaveta e a vejo correr pelos trilhos, reviro as roupas em busca daquele meu refugio, a multilação.
O primeiro corte se dá naquela mesma cicatriz, a primeira feita, vinha de alguns meses atrás, após a discução que desencadeou todos os meus problemas com Valquiria.

(******)

Seus olhos lacrimejados me fitavam de forma desesperada, imploravam que eu não continuasse com aquilo.
- Olhe! Não ouse deixar de olhar. Voce se machuca e eu sou obrigado a lhe ver se ferir, agora olha.
O sangue cor escarlate escorria das lacerações feitas na parte carnuda do dedão.
Os olhos verdes de Val observavam sem intensão ao massacre.

(******)

Antes que pudesse retomar com as mutilações, o celular vibra em seu colo o despertando dos relances.
Sim, era ela, aquela agora capaz de lhe livrar destes tormentos.
" Onde estás? Lembra que combinamos que hoje entrariamos mais cedo?
A lamina se despede de meus dedos caindo sobre o chão.
Fora ela quem aquele dia me fizera esquecer de tudo.

Cápitulo 3

Espreito vagarosamente os olhos e o feixe de luz me atinge os olhos, abro-os sem pressa, o peso de outra vez ter abandonado o fórum se diluía a saudade daquela que ali estava. Bocejo levantando-me, a luz vinha da cozinha. Lembrei-me que não deviam passar das oito, afinal havia deitado cedo e acabei pegando no sono. Abro a porta e vejo Margareth a digitar seus trabalhos escolares, olho em volta e noto que pai e mãe já haviam se recolhido, meus outros irmão deveriam estar enfurnados naquele mesmo quarto desde as nove da manha, obsecrados por video Game. Volto a fechar a porta e busco em meu guarda-roupas o notebook.
Não demoro muito a liga-lo e logar no forum, haviam muitas pessoas online, mais não ela. Pisco os olhos e entro no chat.
" Boa Noite. " Digito sem querer muito puxar papo.
Alguns respondem-me e eu volto a digitar.
" Onde está Mel? "
" Saiu com o namorado oras, ela é jovem, tem de se divertir."
Meus olhos não conseguiam processar as palavras, li e reli e não parecia fazer sentido.

(******)

Mala em mãos e já no aeroporto, acabaríamos com tal angustia e ficaríamos de uma vez juntos.
"Ei, onde é que você mora?" - Mando o SMS a Mel e espero sua resposta.
"Já lhe disse muitas vezes, porque sumiu? Mais de horas sem me responder. "
"Aeroporto Querida."
"An? Aeroporto ? De sua cidade?"
"Na verdade vim te ver, seu endereço por favor ? "

(******)

Bato na porta e aguardo ali mesmo, os muros eram de um amarelo bem forte. Olho ao redor, a rua no momento não tinha movimentação. Suspiro olhando ansioso para a porta enquanto a maçaneta girava. Engulo em seco sem saber o que esperar. Era meu amor, a minha mulher.
Seus cabelos negros saíram de trás da porta acompanhados de sua pele morena, aquela beleza estonteante me fez sorrir.
- Oi. - Proferi lhes fitando os olhos negros.
- Matt?! Você é louco.

Capitulo 4

Meu coração palpitava desenfreado em meio a uma fisgada ou outra, mais não me importava com a dor, que valia era o momento, ela, e a nossa história, que agora teria inicio.
Sorri novamente a fitar aqueles olhos, já não conseguia dizer uma palavra, imagine então formular uma frase.
Não tinha idéia de como ela reagiria, mais eu tinha, e devia, não havia viajado meio pais atoa. Pego sua mão notando um leve ruborizar em suas bochechas, puxo-a para mais perto e a beijo.
Sim, este fora nosso primeiro beijo, o melhor de todos os primeiros beijos que dera. A sensação era distinta de todas as outras, não havia algo parecido, sequer igual.
O toque quentes de seus lábios me resfriavam o hálito mais aqueciam-me o espirito. Ela não rejeitou, apenas retribuiu, não sabia se sentia igual, mas eu sentia, e caso ela não, faria o possível para fazê-la sentir.
Após minutos de encontro e apresentações entre nossos lábios eles se separam insatisfeitos por isto.
Estava-mos ambos sem palavras, sem saber descrever aquilo.
- Eu... Er... Eu te amo- Proferi sentindo-me corar. Abaixo a cabeça momentaneamente e ela me faz levantar fitando os seus olhos.
Aqueles olhos me passavam ternura, ousadia, confiança. Seus dedos entrelaçam-se em meus cabelos e nossos lábios cedem outra vez um ao outro.
Era viciante aquela troca de carinhos, por tanto tempo a amei de longe e agora estava ali, a senti-la, realmente presente, e até então sem obstáculos.

(******)

Nossas mão pareciam ter o encaixe perfeito, como duas peças de um quebra-cabeças feitas para completarem-se. Meu caminhar regulava-se seguindo ao seu. A cidade em que ela morava era sem duvida bela. Sorri observando a simplicidade com que dizia as coisas.
Buscava-mos agora um lugar em que eu pudesse ficar, uma casa, a ser alugada. Passamos por diversos lugares onde ela achara já ter visto anúncios, já era tarde e ela teria de ir a faculdade.
Pegamos o taxi e em poucos minutos ela já estava em casa.
- Vai me deixar na faculdade hoje, né?
- Claro. - Sorri a ela que me beijou e entrou na casa.
Mulheres, o que tanto fazem para que demorem a se arrumar?!
Quando ela voltou a aparecer na porta estava as pressas, caso contrario se atrasaria. O mesmo taxista nos aguardava.
No caminho foi possível ainda que ela me mostrasse outros locais.
Descemos do carro e a guio até a porta da instituição, olho em volta e vejo o amontoado de jovens ali.
- Bem, nos vemos... O mais cedo possível, certo!?- Disse-me naquele seu tom autoritário.
- O Mais cedo possível.- Repeti suas palavras sorrindo e deixei que ela entrasse assim que me presenteou com um beijo.
Caminho ainda ali perto, praticamente de frente ao edifício e identifico uma placa com o anuncio: Aluga-se.