Marianna
{Capitulo Unico}
Era praticamente impossível não se deleitar daquela imagem, o mar com toda sua glória e a garota, seus longos cabelos ondulados dourados brilhavam como se os raios do sol se fundissem a cada fio, sua pele de porcelana bronzeada atraia qualquer olhar que estivesse voltado ao mar até ela, ela e o mar, pareciam ser amantes de longo prazo, seus pés tocavam as primeiras ondas que vinham dar bom dia com o vislumbre de onda ainda mais altas a frente, ela abria os braços e dava um sorriso ao mar enquanto a maresia lhe acolhia como num abraço terno, era dona dos mais belos sorrisos, sol ou chuva, nada a impedia de ir de encontro ao seu confidente mar.
Lembro-me como se fosse ontem suas lagrimas se misturando-se a chuva a escorrer por seu rosto, o farol brilhava e ela estava deitada diante do mar com seu olhar que não ousava ver adiante - Onde ele está meu mar? trace sua rota de volta até aqui - fazia uma pequena prece ao mar, seu amado foi de encontro a novos horizontes prometendo voltar, mas já se passara meses e ela se perguntava se as águas o levaram para outros braços, era sufocante aquela dor, logo ela, que era como os poetas, acreditava no amor eterno e a dor de perde-lo era tão sufocante que não sabia bem qual sentido da vida tomar, já tivera outros amantes, mas não como ele, fazia jus seus momentos terem se concretizados realmente eternos, lembrava claramente da noite que tiveram ali na praia, seus corpos se movimentando como se fossem o refugio um do outro, o porto seguro, a lua se encarregava da iluminação que trazia um tom bronze aos seus corpos, o mar era testemunha do amor que ali nascia, a dor mais uma vez apontava em seu peito fazendo-a dar um suspiro e deixar que as ultimas lagrimas caíssem, ah Marianna! Se soubesses que sempre portei um amor por ti e sempre a privei disso, mas tinha medo, ninguém sabia o que destino reservava, para não vê-la assim, decidi por fim apenas deixar como está.
Marianna nunca perdeu o brilho de seus olhos, amava os quatro elementos, sua natureza não a deixa a dor lhe consumir, ela sabia que o amor verdadeiro sempre lhe encontraria então não era lagrimas que o trariam, aquele barco com o nome Marianna se foi no mar, talvez dentro de si tivesse esperança que ele voltasse e ao mesmo tempo aquele podia ter sido uma lição, queria trancar seu coração pra sempre e nunca mais amar, um amor verdadeiro não vai embora, ele pode ir, mas ele nunca sairá de dentro de quem o sente, assim como meu sentimento por ela, passaria-se anos, o sol poderia mudar sua cor, as pessoas não seriam mais as mesmas, o mar não seria o mesmo, mas ela pra mim, dona daqueles cabelos que lembravam sempre um novo dia de sol junto a cor convidativa de sua pele bronzeada sempre fariam meu velho coração voltar a bater, pois foi naqueles olhos que lembravam a cor cobalto daquele mar que eu me encontrei.
E pra sempre estaria ali.
Sáb Dez 26, 2015 8:30 pm por Mackenzie A. Irvine
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