Cap. Unico
Os ponteiros do relógio emitem um som do destino avisando que tudo tem sua hora, talvez acasos existem, mas não significa que eu acredite neles, ultimamente eu mal acredito em nada a não ser o som de minha respiração fraca.
O que é morte?
Bem, eu não sei dizer, muitas vezes a nomeio com ausência da dor, ja questionei minha existência nesse mundo vão, que muitos tem glória, mas os verdadeiros hérois muitas vezes não são reconhecidos ou chamados como covardes, ja conheci muitos desses hérois, muitos erram, mas o erro não lhes faz vilão, pelo contrario, muitos erros nos ensinam caindo o caminho de volta ao certo, não os condeno por isso, se levantar de uma grande queda e ter força pra seguir em frente é ter valor e força, chamo isso de fé e nem todos tem ou é fraca demais pra sentir.
Minha vida não foi das melhores, ja ouvi dizer que se reflete mais sobre a vida quando se está a beira da morte, sorri agora, talvez seja o ultimo, meu arrependemento agora me fez sentir tão leve como uma pluma capaz de voar, fechando os olhos penso em como teria sido a vida de todas aquelas pessoas sem mim, a cidade estaria mais calma? A criança sorriria mais? Mais uma alma errante, a vida segue, se pra tudo tem sua hora acho que é nessa que deixo uma lagrima cair rolando por meu rosto enquanto passo a limpo todos meus sentimentos, naturalmente livre, perdões se espalham pelo quarto pouco iluminado, o perdão por estar pouco presente, aquele por ter amado menos e ter julgado mais, aquele que impediu alguem de sorrir, aquele por ter proferido algo sem pensar... Tantos são.
Meu coração ja cansado bate ainda mais devagar, privando ainda minha visão das ultimas imagens que possa estar vendo engoli em seco promessas que fiz e quebrei ou aquelas que não vou cumprir, caminhos que vou deixar pela metade, muitas vezes tambem me pergunto:
E se eu tivesse uma segunda chance?
Eu erraria menos ou continuaria a cometer os mesmo erros? São tantas perguntas, é praticamente um disparate que minha mente faz a mim e muitas não consigo responder, muitas questões de minha vida não tem solução ou conserto, eu teria que carregar em minhas costas as cicatrizes que eles causaram, não julgaria se não recebesse algum perdão, alias, cada um sabe o chão que pisa e muitas vezes ele é tão fragil como vidro, mas lembro de um dia ter ouvido alguem dizer, Honre o peso que seu corpo faz sobre o chão, muitos não entendem e usa pessoas como um tipo de chão, não tenho direito de julgar nenhum e nem a mim mesmo, muitos erram, mas poucos encontram o caminho pra redenção.
Enquanto abro os olhos lentamente a luz do sol parece estar invadindo devagar o quarto, a cortina esvoaçada lembra liberdade, depois de tanto pensar nomeio minha alma de coisas que outrora duvidava, me chamo covarde, alguns me chamaram de errante, inconsequente, em alguns momentos fui vilão, me fiz de inocente pra esconder um erro, ora fui heroi em outra a causa de um desastre, mas pra mim acho que serei apenas eu mesmo se ainda ver esse mesmo sol se por no horizonte.
A dor nem parece existir mais, posso visualizar lagrimas em alguns rosto, sorrisos em outros, lembrando aquele ultimo dia de neve, o rosto corado por conta do gelo, o sorriso singelo e valorizado, a satisfação, se soubesse o quanto aquele sorriso abre um dia estarias sempre a sorrir, mas depois da tempestade sempre a um belo dia.
O bipe diminuiu sua frequencia, sinto-me ser abraçado pela inconciência, em nenhum momento pedi ter um segunda chance, talvez não a mereça, se ainda acordar eu tentarei concertar meus erros, mas não prometo não errar, alias sou um errante constante, um andarilho sem destino algum, não planejo minhas rotas, deixei apenas que a vida me levasse como o mar leva, mas não se sabe pra onde, talvez numa dessas ondas eu me encontre ou talvez me perca mais, eu e minha vida, eu e mais ninguem, um solitario rodiado de pessoas, minhas mãos ja calejadas sentem o fino tecido do cobertor, os segundos se passam e fecho meus olhos, eternamente ou enquanto dure, perdão.
Sei que errei e não foram poucas, mas eu amo você.
Sáb Dez 26, 2015 8:30 pm por Mackenzie A. Irvine
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